"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" Isaias 9.6
Isaias testemunhou várias manifestações de recusa e ignorância acerca da pessoa de Jesus Cristo e de sua obra redentora. Sem dúvida, o profeta mais conhecido dentre os que passaram por Israel, Isaias registrou em suas profecias a promessa do plano de redenção máximo de Deus: o envio de Seu filho ao mundo, Jesus Cristo, a revelação plena, inconfundível e irrefutável do amor e da graça do Senhor da vida.
Mas, como a profecia de Isaias se relacionam conosco? Eu proponho algumas definições do que seja o que chamamos de Feliz Natal.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”
A profecia de Isaias traz uma revolução à forma, ao estilo de vida que o povo tinha. As celebrações, as festas tinham se transformado em ritos, repetidos e sem significado real. Repetições sem sentido. A esperança da chegada e manifestação do Messias se perdia pelo decorrer dos anos e a figura que emergia era de um enviado da parte de Deus que, pela guerra, destruiria os impérios que assolavam o povo judeu e restauraria o domínio político-social e econômico-religioso de Israel. Todavia, a Palavra revelada de Deus veio ao povo dizendo que o Messias seria um menino, um herdeiro se lhes daria.
É possível dizermos que não vivemos um tempo tão diferente assim. O Cristianismo e a pregação do Evangelho se espalham rapidamente. Nunca tivemos tantos programas de tantas igrejas na televisão e no rádio. Artistas, políticos, anônimos aderem ao Cristianismo e aos ritos que celebramos, como o Natal. Mas, qual é o sentido desse Feliz Natal? Será nós entendemos o que significa essa expressão? A figura do menino e não do rei, da manjedoura e não do trono, dá-nos pistas da maneira como Deus deseja se revelar a nós. Um Deus que está próximo, que se relaciona de forma íntima conosco e que nos assegura uma herança como co-herdeiros de Seu filho. A plena revelação de Sua graça e amor, a salvação e vida eterna com Cristo nos céus.
Somos chacoalhados por essa mensagem a despertar nossa vocação profética e declarar, por nossas palavras e atitudes que esse menino que nasceu, esse filho que nos foi dado é o caminho para a reconciliação de toda a humanidade e criação com esse Deus de amor e graça. Somos motivados por essa mensagem a trabalhar com irmãos e irmãs brasileiros que sofrem, vivem sem esperança, sem a alegria, justiça e paz que o Reino de Deus nos promete dar.
“O governo está sobre os seus ombros”
É bem provável que essa parte da profecia parecesse uma incoerência, algo antagônico para o povo. Afinal de contas, dizer que a autoridade estava sobre os ombros de alguém era afirmar que a decisão de vida e morte que somente os imperadores da época tinham, o controle sobre a vida das pessoas, do direito de ir e vir, e tudo mais estava assegurado ao bel prazer de um menino. Colocar o manto, a capa sobre os ombros de alguém simbolizava que aquela pessoa possuía autoridade e destaque. Assim, apesar de ser apenas um menino, o enviado da parte de Deus era alguém que tinha a marca da autoridade dada pelo próprio Deus.
Nós costumamos dizer que: “Manda que pode e obedece (...)”. Possivelmente é mesmo assim. Vivemos uma época em que o “poder” é disputado e destacado. Seu reconhecimento é auto-intitulado e não originário da comunidade. A cada dia surgem novas titulações dentro da igreja evangélica brasileira. São novos/as pastores/as, novos/as bispos/as, já temos os/as apóstolos/as. Pergunto-me qual será o novo título daqui há um ou dois anos? Anjo? Messias?
A mistura entre a criança e a autoridade é um fator primordial na caminhada cristã, principalmente quando celebramos o Natal, o nascimento dessa criança tão especial, Jesus Cristo, o Senhor. A nós cabe sermos dependentes e humildes como uma criança. Ao Senhor da vida cabe colocar sobre nossos ombros Sua autoridade para exercermos o ministério da reconciliação, para sermos testemunhas fiéis, como labaredas de fogo nas mãos de Deus para transformar as situações de morte, que assolam o nosso mundo, as nossas famílias e mesmo as nossas casas, em situações de vida, abundante e plena, em Cristo, por Cristo e para Cristo.
“e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”
Essas quatro características acerca do Messias, apresentadas pelo profeta Isaias, fecham o versículo e fundamentam a certeza de que Deus haveria de se manifestar em tempo oportuno, renovando a esperança para todo o povo de Israel. O admirável orientador! O Messias que seria enviado da parte de Deus era Aquele que guiaria o povo, de forma esplêndida por entre as dificuldades e lutas que eles enfrentavam. A encarnação da fortaleza! Jesus seria a própria revelação daquilo que todos os grandes nomes em Israel experimentaram como o auxílio divino, a ajuda, resgate e proteção diante das mais diversas situações de medo e morte. O gerador imortalidade! Cristo, que “desde os tempos antigos, dos dias da eternidade”, como nos diz o profeta Miquéias, existia e por meio de quem tudo se fez e permanece, traria uma esperança a mais, que transcenderia a vida na terra, numa vida sem fim com Deus, em Seu Reino. O senhor da serenidade! O Messias que haveria de vir ao mundo, transformaria as situações de medo e incertezas, em momentos de tranqüilidade e paz; uma ação que começaria imediatamente, mas que continuaria para sempre, se revelando plenamente na glória vindoura.
Quantas pessoas hoje precisam ouvir essa mensagem? A correria do dia-a-dia, os muitos cuidados que temos, as compras de Natal, a ceia que preparamos, os presentes que ganhamos e tudo mais que a sociedade nos diz que é o significado do Feliz Natal que dizemos e recebemos tentam nos fazer esquecer que já recebemos e temos em nós a marca, o selo do que seja o sentido do Natal. Jesus Cristo, nosso senhor e salvador é Aquele que nos dirige e guia nas decisões simples e complicadas que precisamos tomar; Aquele nos sustenta e nos mantém em pé diante das tribulações e provações que enfrentamos e que tentam nos derrubar e destruir; é Ele que nos assegura a certeza de que o crente não encerra sua vida aqui, mas tem em Cristo a certeza de que nos céus há lugar preparado para si, onde a morte e a dor e o sofrimento não existirão, onde O veremos e conheceremos, não como em espelho, mas face-a-face; o Messias que nos estende a mão, nos segura, nos firma os passos e acalma os nossos corações, mesmo que todas as situações ao nosso redor pareçam não ter solução.
Hoje nós somos motivados/as pela Palavra de Deus a reavivar em nossos corações e mentes a firme convicção de que esse Jesus tem características incríveis e que podem nos promover de forma plena, inconfundível e irrefutável, vida abundante para a glória de Deus. Somos impulsionados pelo Espírito Santo a efetivamente falar e agir conforme bons despenseiros da graça e do amor de Deus, revelados em Cristo Jesus para a salvação de toda a humanidade.
O que nós faremos a respeito disso? Você precisa reavivar isso no seu coração e mente? Jesus é somente um bonequinho num presépio bonito? Um discurso belo que o pastor apresenta? Qual o significado do Feliz Natal que você diz às pessoas? Deus quer que você, primeiramente, entenda qual o significado dessa expressão, para que então, certo de que seja no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, seja com algum irmão ou irmã daqui, ou com alguém tenha vindo de outro país, a essência do menino que governa, Sua humildade e autoridade, Sua direção, proteção, salvação e vida permeiem e sejam o significado mais profundo e real do seu: Feliz Natal!
sábado, 26 de dezembro de 2009
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