"Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai"[1]- Mateus 10.8
Quero pensar na missão dos doze apóstolos sob a ótica do receber e dar gratuitamente. O termo graça (δωρεαν - dorean), na passagem mencionada, expressa, induvidavelmente, a ausência de pagamento, o ato de presentear.
Assim, questio-me se era prática comum, já no tempo de Jesus, cobrar pelo favor e ajuda alheios. Se assim não fosse: Por que Jesus adverte seus discípulos a não cobrarem pagamento pela graça (χαρις - charis),ou seja, a ajuda, o benefício, a aplicação prática da boa vontade, o favor que prestaria às pessoas pelo caminho?
Em tempos de campanhas, ofertas, talões, fidelização de contribuintes, a advertência de Jesus, aos seus apóstolos, brilha como um farol à noite, que sinaliza o caminho seguro às embarcações. É como se Jesus olhasse para os/as apóstolos/as, bispos/as, pastores/as, missionários/as de hoje e dissesse: χαρις δωρεαν - Graça é de graça!
Mas o ensino não termina aí. Quem recebe, dá! Para Jesus não era possível, concebível, receber um benefício e não compartilhá-lo. Creio que Jesus considerava intrínseca a relação entre o receber e o dar. Como o verso e o anverso, ou as duas faces de uma mesma moeda. Um não existe sem o outro.
A missão dos doze era passar a diante o que tinham recebido; e deviam fazê-lo sem nada cobrar por isso.
Você talvez me pergunte: "Mas quem paga o cafezinho"? Essa é fácil de responder! A alegria de receber o presente motiva as pessoas a presentear também. χαρις δωρεαν!
[1]Sociedade Bíblica do Brasil. 2003; 2005. Almeida Revista e Atualizada - Com Números de Strong . Sociedade Bíblica do Brasil
domingo, 5 de abril de 2009
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