A solenidade ocorreu no Dia Internacional dos Direitos Humanos
O Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, tornou-se uma data ainda mais especial para a Igreja Metodista no Brasil. A Câmara Municipal da cidade de São Paulo escolheu esse dia significativo para realizar uma Sessão Solene em homenagem ao centenário do Credo Social Metodista. O vereador José Ferreira, o “Zelão”, que propôs a realização da solenidade, destacou que o Credo Social, documento que expressa a doutrina social metodista, antecedeu em 40 anos e certamente inspirou o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos assinado em 1948.
A homenagem na Câmara Municipal nasceu da publicação de um livro e do desejo de que a Igreja e o poder público possam unir esforços em favor do bem comum. No início deste ano, a Editora da Faculdade de Teologia publicou o livro Sal da Terra e Luz do Mundo: 100 anos do Credo Social Metodista, com o registro das palestras da 57ª Semana Wesleyana, que celebrou o centenário do Credo Social. Este livro, oferecido a lideranças políticas brasileiras, a fim de estimular o necessário diálogo entre Igreja e sociedade, chegou às mãos do vereador Zelão por intermédio do pastor Alcides Barros. “Ao receber este livro, que expressa o diálogo da Igreja Metodista com a sociedade, me senti no dever de prestar uma homenagem, reconhecendo os valores sociais da Igreja e estreitando os laços de solidariedade e compromisso com as causas sociais”, afirmou o vereador, ao presidir a cerimônia.
A solenidade realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal contou com a presença de várias lideranças da Igreja Metodista. A mesa (acima, à direita), presidida pelo vereador, incluiu os bispos Adriel de Souza Maia, Nelson Luiz Campos Leite e Geoval Jacinto da Silva; o reitor da Faculdade de Teologia, Rev. Rui Josgrilberg; o secretário da Associação da Igreja Metodista, Dr Alexandre Rocha Maia; o pastor Alcides Barros, co-fundador da Comunidade Metodista do Povo de Rua; a secretária de Ação Social da 3ª Região Eclesiástica, Jairma de Assis Guello; a coordenadora do Ministério de Ações Afirmativas para Afro-descendentes, Diná da Silva Branchini e o reitor da Universidade Metodista de São Paulo, Márcio de Moraes. Prestigiando a cerimônia, havia pastores(as) e seus familiares, membros de igrejas, professores e alunos da Faculdade de Teologia.
Vários políticos que não puderam comparecer à solenidade enviaram mensagens de felicitações, incluindo o governador do estado de São Paulo, José Serra; prefeito Gilberto Kassab, secretários de estado, vereadores e o reitor da Universidade de São Paulo, João Grandino Rodas.
O evento foi aberto pela execução do Hino Nacional Brasileiro, pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.Contou também com a participação do coral Canto da Terra, da Faculdade de Teologia, que encantou os presentes com cânticos expressando esperança e o anseio por justiça, sentimentos presentes no movimento metodista desde os tempos de John Wesley, como destacou o bispo Adriel de Souza Maia em seu pronunciamento. O bispo Adriel lembrou, ainda, de uma máxima que pautava a vida e o ministério de John Wesley: Tornar o cristianismo uma religião solitária é destruí-lo. “Assim, reafirmamos que o Credo Social é mais que um documento, mas estilo de vida, partindo dos valores do Evangelho”, disse o bispo. “Nossa oração nessa casa, que é o ´altar do povo´, é que Deus nos ajude a fazer um novo Brasil justo e solidário. Ajuda-nos a ser realmente ´comunidade missionária a serviço do povo´. Oramos também em favor da Câmara, a fim de que a fé desse colegiado possa estar a serviço da dignidade da vida”.
O Rev. Rui Josgrilberg, reitor da FaTeo, também expressou o seu desejo de que a Igreja Metodista siga reafirmando, com sua ação missionária, os princípios de seu Credo Social. Após a exibição de um vídeo com alguns exemplos de projetos sociais desenvolvidos pela Igreja Metodista, ele destacou algumas ações históricas, como a criação do também centenário Instituto Central do Povo, primeira organização social do país e o apoio ao Projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo do Campo, que teve papel marcante na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990. “Quero agradecer de modo especial ao vereador Zelão não apenas por propor essa homenagem, mas por sua sensibilidade em perceber que uma Igreja Metodista que tem um Credo Social de 100 anos precisa assinalar esse evento para ela mesma e para a sociedade. Já tivemos maior presença pública e profética. Vivemos hoje momentos de hesitação. Sua homenagem serve de incentivo para retomarmos nossa vocação profética”.
Fonte: http://www.metodista.org.br/index.jsp?conteudo=9658
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Feliz Natal
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" Isaias 9.6
Isaias testemunhou várias manifestações de recusa e ignorância acerca da pessoa de Jesus Cristo e de sua obra redentora. Sem dúvida, o profeta mais conhecido dentre os que passaram por Israel, Isaias registrou em suas profecias a promessa do plano de redenção máximo de Deus: o envio de Seu filho ao mundo, Jesus Cristo, a revelação plena, inconfundível e irrefutável do amor e da graça do Senhor da vida.
Mas, como a profecia de Isaias se relacionam conosco? Eu proponho algumas definições do que seja o que chamamos de Feliz Natal.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”
A profecia de Isaias traz uma revolução à forma, ao estilo de vida que o povo tinha. As celebrações, as festas tinham se transformado em ritos, repetidos e sem significado real. Repetições sem sentido. A esperança da chegada e manifestação do Messias se perdia pelo decorrer dos anos e a figura que emergia era de um enviado da parte de Deus que, pela guerra, destruiria os impérios que assolavam o povo judeu e restauraria o domínio político-social e econômico-religioso de Israel. Todavia, a Palavra revelada de Deus veio ao povo dizendo que o Messias seria um menino, um herdeiro se lhes daria.
É possível dizermos que não vivemos um tempo tão diferente assim. O Cristianismo e a pregação do Evangelho se espalham rapidamente. Nunca tivemos tantos programas de tantas igrejas na televisão e no rádio. Artistas, políticos, anônimos aderem ao Cristianismo e aos ritos que celebramos, como o Natal. Mas, qual é o sentido desse Feliz Natal? Será nós entendemos o que significa essa expressão? A figura do menino e não do rei, da manjedoura e não do trono, dá-nos pistas da maneira como Deus deseja se revelar a nós. Um Deus que está próximo, que se relaciona de forma íntima conosco e que nos assegura uma herança como co-herdeiros de Seu filho. A plena revelação de Sua graça e amor, a salvação e vida eterna com Cristo nos céus.
Somos chacoalhados por essa mensagem a despertar nossa vocação profética e declarar, por nossas palavras e atitudes que esse menino que nasceu, esse filho que nos foi dado é o caminho para a reconciliação de toda a humanidade e criação com esse Deus de amor e graça. Somos motivados por essa mensagem a trabalhar com irmãos e irmãs brasileiros que sofrem, vivem sem esperança, sem a alegria, justiça e paz que o Reino de Deus nos promete dar.
“O governo está sobre os seus ombros”
É bem provável que essa parte da profecia parecesse uma incoerência, algo antagônico para o povo. Afinal de contas, dizer que a autoridade estava sobre os ombros de alguém era afirmar que a decisão de vida e morte que somente os imperadores da época tinham, o controle sobre a vida das pessoas, do direito de ir e vir, e tudo mais estava assegurado ao bel prazer de um menino. Colocar o manto, a capa sobre os ombros de alguém simbolizava que aquela pessoa possuía autoridade e destaque. Assim, apesar de ser apenas um menino, o enviado da parte de Deus era alguém que tinha a marca da autoridade dada pelo próprio Deus.
Nós costumamos dizer que: “Manda que pode e obedece (...)”. Possivelmente é mesmo assim. Vivemos uma época em que o “poder” é disputado e destacado. Seu reconhecimento é auto-intitulado e não originário da comunidade. A cada dia surgem novas titulações dentro da igreja evangélica brasileira. São novos/as pastores/as, novos/as bispos/as, já temos os/as apóstolos/as. Pergunto-me qual será o novo título daqui há um ou dois anos? Anjo? Messias?
A mistura entre a criança e a autoridade é um fator primordial na caminhada cristã, principalmente quando celebramos o Natal, o nascimento dessa criança tão especial, Jesus Cristo, o Senhor. A nós cabe sermos dependentes e humildes como uma criança. Ao Senhor da vida cabe colocar sobre nossos ombros Sua autoridade para exercermos o ministério da reconciliação, para sermos testemunhas fiéis, como labaredas de fogo nas mãos de Deus para transformar as situações de morte, que assolam o nosso mundo, as nossas famílias e mesmo as nossas casas, em situações de vida, abundante e plena, em Cristo, por Cristo e para Cristo.
“e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”
Essas quatro características acerca do Messias, apresentadas pelo profeta Isaias, fecham o versículo e fundamentam a certeza de que Deus haveria de se manifestar em tempo oportuno, renovando a esperança para todo o povo de Israel. O admirável orientador! O Messias que seria enviado da parte de Deus era Aquele que guiaria o povo, de forma esplêndida por entre as dificuldades e lutas que eles enfrentavam. A encarnação da fortaleza! Jesus seria a própria revelação daquilo que todos os grandes nomes em Israel experimentaram como o auxílio divino, a ajuda, resgate e proteção diante das mais diversas situações de medo e morte. O gerador imortalidade! Cristo, que “desde os tempos antigos, dos dias da eternidade”, como nos diz o profeta Miquéias, existia e por meio de quem tudo se fez e permanece, traria uma esperança a mais, que transcenderia a vida na terra, numa vida sem fim com Deus, em Seu Reino. O senhor da serenidade! O Messias que haveria de vir ao mundo, transformaria as situações de medo e incertezas, em momentos de tranqüilidade e paz; uma ação que começaria imediatamente, mas que continuaria para sempre, se revelando plenamente na glória vindoura.
Quantas pessoas hoje precisam ouvir essa mensagem? A correria do dia-a-dia, os muitos cuidados que temos, as compras de Natal, a ceia que preparamos, os presentes que ganhamos e tudo mais que a sociedade nos diz que é o significado do Feliz Natal que dizemos e recebemos tentam nos fazer esquecer que já recebemos e temos em nós a marca, o selo do que seja o sentido do Natal. Jesus Cristo, nosso senhor e salvador é Aquele que nos dirige e guia nas decisões simples e complicadas que precisamos tomar; Aquele nos sustenta e nos mantém em pé diante das tribulações e provações que enfrentamos e que tentam nos derrubar e destruir; é Ele que nos assegura a certeza de que o crente não encerra sua vida aqui, mas tem em Cristo a certeza de que nos céus há lugar preparado para si, onde a morte e a dor e o sofrimento não existirão, onde O veremos e conheceremos, não como em espelho, mas face-a-face; o Messias que nos estende a mão, nos segura, nos firma os passos e acalma os nossos corações, mesmo que todas as situações ao nosso redor pareçam não ter solução.
Hoje nós somos motivados/as pela Palavra de Deus a reavivar em nossos corações e mentes a firme convicção de que esse Jesus tem características incríveis e que podem nos promover de forma plena, inconfundível e irrefutável, vida abundante para a glória de Deus. Somos impulsionados pelo Espírito Santo a efetivamente falar e agir conforme bons despenseiros da graça e do amor de Deus, revelados em Cristo Jesus para a salvação de toda a humanidade.
O que nós faremos a respeito disso? Você precisa reavivar isso no seu coração e mente? Jesus é somente um bonequinho num presépio bonito? Um discurso belo que o pastor apresenta? Qual o significado do Feliz Natal que você diz às pessoas? Deus quer que você, primeiramente, entenda qual o significado dessa expressão, para que então, certo de que seja no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, seja com algum irmão ou irmã daqui, ou com alguém tenha vindo de outro país, a essência do menino que governa, Sua humildade e autoridade, Sua direção, proteção, salvação e vida permeiem e sejam o significado mais profundo e real do seu: Feliz Natal!
Isaias testemunhou várias manifestações de recusa e ignorância acerca da pessoa de Jesus Cristo e de sua obra redentora. Sem dúvida, o profeta mais conhecido dentre os que passaram por Israel, Isaias registrou em suas profecias a promessa do plano de redenção máximo de Deus: o envio de Seu filho ao mundo, Jesus Cristo, a revelação plena, inconfundível e irrefutável do amor e da graça do Senhor da vida.
Mas, como a profecia de Isaias se relacionam conosco? Eu proponho algumas definições do que seja o que chamamos de Feliz Natal.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”
A profecia de Isaias traz uma revolução à forma, ao estilo de vida que o povo tinha. As celebrações, as festas tinham se transformado em ritos, repetidos e sem significado real. Repetições sem sentido. A esperança da chegada e manifestação do Messias se perdia pelo decorrer dos anos e a figura que emergia era de um enviado da parte de Deus que, pela guerra, destruiria os impérios que assolavam o povo judeu e restauraria o domínio político-social e econômico-religioso de Israel. Todavia, a Palavra revelada de Deus veio ao povo dizendo que o Messias seria um menino, um herdeiro se lhes daria.
É possível dizermos que não vivemos um tempo tão diferente assim. O Cristianismo e a pregação do Evangelho se espalham rapidamente. Nunca tivemos tantos programas de tantas igrejas na televisão e no rádio. Artistas, políticos, anônimos aderem ao Cristianismo e aos ritos que celebramos, como o Natal. Mas, qual é o sentido desse Feliz Natal? Será nós entendemos o que significa essa expressão? A figura do menino e não do rei, da manjedoura e não do trono, dá-nos pistas da maneira como Deus deseja se revelar a nós. Um Deus que está próximo, que se relaciona de forma íntima conosco e que nos assegura uma herança como co-herdeiros de Seu filho. A plena revelação de Sua graça e amor, a salvação e vida eterna com Cristo nos céus.
Somos chacoalhados por essa mensagem a despertar nossa vocação profética e declarar, por nossas palavras e atitudes que esse menino que nasceu, esse filho que nos foi dado é o caminho para a reconciliação de toda a humanidade e criação com esse Deus de amor e graça. Somos motivados por essa mensagem a trabalhar com irmãos e irmãs brasileiros que sofrem, vivem sem esperança, sem a alegria, justiça e paz que o Reino de Deus nos promete dar.
“O governo está sobre os seus ombros”
É bem provável que essa parte da profecia parecesse uma incoerência, algo antagônico para o povo. Afinal de contas, dizer que a autoridade estava sobre os ombros de alguém era afirmar que a decisão de vida e morte que somente os imperadores da época tinham, o controle sobre a vida das pessoas, do direito de ir e vir, e tudo mais estava assegurado ao bel prazer de um menino. Colocar o manto, a capa sobre os ombros de alguém simbolizava que aquela pessoa possuía autoridade e destaque. Assim, apesar de ser apenas um menino, o enviado da parte de Deus era alguém que tinha a marca da autoridade dada pelo próprio Deus.
Nós costumamos dizer que: “Manda que pode e obedece (...)”. Possivelmente é mesmo assim. Vivemos uma época em que o “poder” é disputado e destacado. Seu reconhecimento é auto-intitulado e não originário da comunidade. A cada dia surgem novas titulações dentro da igreja evangélica brasileira. São novos/as pastores/as, novos/as bispos/as, já temos os/as apóstolos/as. Pergunto-me qual será o novo título daqui há um ou dois anos? Anjo? Messias?
A mistura entre a criança e a autoridade é um fator primordial na caminhada cristã, principalmente quando celebramos o Natal, o nascimento dessa criança tão especial, Jesus Cristo, o Senhor. A nós cabe sermos dependentes e humildes como uma criança. Ao Senhor da vida cabe colocar sobre nossos ombros Sua autoridade para exercermos o ministério da reconciliação, para sermos testemunhas fiéis, como labaredas de fogo nas mãos de Deus para transformar as situações de morte, que assolam o nosso mundo, as nossas famílias e mesmo as nossas casas, em situações de vida, abundante e plena, em Cristo, por Cristo e para Cristo.
“e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”
Essas quatro características acerca do Messias, apresentadas pelo profeta Isaias, fecham o versículo e fundamentam a certeza de que Deus haveria de se manifestar em tempo oportuno, renovando a esperança para todo o povo de Israel. O admirável orientador! O Messias que seria enviado da parte de Deus era Aquele que guiaria o povo, de forma esplêndida por entre as dificuldades e lutas que eles enfrentavam. A encarnação da fortaleza! Jesus seria a própria revelação daquilo que todos os grandes nomes em Israel experimentaram como o auxílio divino, a ajuda, resgate e proteção diante das mais diversas situações de medo e morte. O gerador imortalidade! Cristo, que “desde os tempos antigos, dos dias da eternidade”, como nos diz o profeta Miquéias, existia e por meio de quem tudo se fez e permanece, traria uma esperança a mais, que transcenderia a vida na terra, numa vida sem fim com Deus, em Seu Reino. O senhor da serenidade! O Messias que haveria de vir ao mundo, transformaria as situações de medo e incertezas, em momentos de tranqüilidade e paz; uma ação que começaria imediatamente, mas que continuaria para sempre, se revelando plenamente na glória vindoura.
Quantas pessoas hoje precisam ouvir essa mensagem? A correria do dia-a-dia, os muitos cuidados que temos, as compras de Natal, a ceia que preparamos, os presentes que ganhamos e tudo mais que a sociedade nos diz que é o significado do Feliz Natal que dizemos e recebemos tentam nos fazer esquecer que já recebemos e temos em nós a marca, o selo do que seja o sentido do Natal. Jesus Cristo, nosso senhor e salvador é Aquele que nos dirige e guia nas decisões simples e complicadas que precisamos tomar; Aquele nos sustenta e nos mantém em pé diante das tribulações e provações que enfrentamos e que tentam nos derrubar e destruir; é Ele que nos assegura a certeza de que o crente não encerra sua vida aqui, mas tem em Cristo a certeza de que nos céus há lugar preparado para si, onde a morte e a dor e o sofrimento não existirão, onde O veremos e conheceremos, não como em espelho, mas face-a-face; o Messias que nos estende a mão, nos segura, nos firma os passos e acalma os nossos corações, mesmo que todas as situações ao nosso redor pareçam não ter solução.
Hoje nós somos motivados/as pela Palavra de Deus a reavivar em nossos corações e mentes a firme convicção de que esse Jesus tem características incríveis e que podem nos promover de forma plena, inconfundível e irrefutável, vida abundante para a glória de Deus. Somos impulsionados pelo Espírito Santo a efetivamente falar e agir conforme bons despenseiros da graça e do amor de Deus, revelados em Cristo Jesus para a salvação de toda a humanidade.
O que nós faremos a respeito disso? Você precisa reavivar isso no seu coração e mente? Jesus é somente um bonequinho num presépio bonito? Um discurso belo que o pastor apresenta? Qual o significado do Feliz Natal que você diz às pessoas? Deus quer que você, primeiramente, entenda qual o significado dessa expressão, para que então, certo de que seja no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo, seja com algum irmão ou irmã daqui, ou com alguém tenha vindo de outro país, a essência do menino que governa, Sua humildade e autoridade, Sua direção, proteção, salvação e vida permeiem e sejam o significado mais profundo e real do seu: Feliz Natal!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
A lida na igreja
“Eu, pois, com todas as minhas forças já preparei para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, prata para as de prata, bronze para as de bronze, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira; pedras de ônix, pedras de engaste, pedras de várias cores, de mosaicos e toda sorte de pedras preciosas, e mármore, e tudo em abundância.” 1 Crônicas 29.2
Quando pensamos nas atividades que temos na igreja somos tomados por compreensões diversas e, às vezes, diferentes. É possível que as encaremos como mais uma ou algumas tarefas a serem realizadas em nossas agendas; podemos tê-las como atividades rotineiras, às quais regularmente fazemos como se atendêssemos a um clube; podemos ainda percebê-las como espaço no qual pomos em prática o dom que recebemos de Deus, como bons despenseiros da graça divina.
Empenhar-se nas atividades na igreja é sempre um prazer quando “preparamos ouro para as obras de ouro”, ou seja, quando nos dedicamos a fazer a coisa certa, no lugar certo, na hora certa. A Igreja de Cristo é formada por pessoas diferentes, com diferentes dons, por isso, não precisamos e não devemos nos preocupar em fazer tudo, o tempo todo. Deus suprirá com homens e mulheres de boa vontade as necessidades de Sua missão. Todavia, há um lembrete do qual não podemos nos esquecer: É preciso abundar em tudo o que fazemos! Quando nos dedicamos com afinco às atividades na igreja e o fazemos de coração, nossas obras abundam em virtude e graça na vida de nossos irmãos e irmãs da comunidade de fé.
Que o Senhor da vida te ajude a perceber que cooperar na missão de Deus não é desgastante, mas uma dádiva que se revela no compartilhar o dom que Deus te deu.
Pr. Thiago Pacheco
Quando pensamos nas atividades que temos na igreja somos tomados por compreensões diversas e, às vezes, diferentes. É possível que as encaremos como mais uma ou algumas tarefas a serem realizadas em nossas agendas; podemos tê-las como atividades rotineiras, às quais regularmente fazemos como se atendêssemos a um clube; podemos ainda percebê-las como espaço no qual pomos em prática o dom que recebemos de Deus, como bons despenseiros da graça divina.
Empenhar-se nas atividades na igreja é sempre um prazer quando “preparamos ouro para as obras de ouro”, ou seja, quando nos dedicamos a fazer a coisa certa, no lugar certo, na hora certa. A Igreja de Cristo é formada por pessoas diferentes, com diferentes dons, por isso, não precisamos e não devemos nos preocupar em fazer tudo, o tempo todo. Deus suprirá com homens e mulheres de boa vontade as necessidades de Sua missão. Todavia, há um lembrete do qual não podemos nos esquecer: É preciso abundar em tudo o que fazemos! Quando nos dedicamos com afinco às atividades na igreja e o fazemos de coração, nossas obras abundam em virtude e graça na vida de nossos irmãos e irmãs da comunidade de fé.
Que o Senhor da vida te ajude a perceber que cooperar na missão de Deus não é desgastante, mas uma dádiva que se revela no compartilhar o dom que Deus te deu.
Pr. Thiago Pacheco
Renovando a alegria
“Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto” Gênesis 27.28
As promessas de Deus são sempre fonte de alegria em nós. Certamente todas as vezes que ouvimos alguma delas sendo recitadas ou ditas a nós, percebemos em nossos corações um gostoso sentimento chamado esperança. De fato, precisamos manter esse sentimento constante em nossas vidas, sabendo que o próprio Deus é que o gera em nós.
As manhãs de Primavera são fascinantes nesse ponto, pois ao olharmos os jardins, ou ainda um pequeno vaso de flor posto à beira de uma janela, percebemos que o orvalho que desceu do céu durante a noite renova a exuberância daquela plantinha ou daquele jardim, fazendo-o despontar maravilhosamente.
Às vezes acordamos desanimados e desesperançados, mas que a certeza de que o Senhor da vida nos fartará de trigo e mosto, ou seja, suprirá todas as nossas necessidades e nos fará despontar novamente, se alegrar de novo, guarde nossos corações e mentes nesse dia.
Que Deus conceda a você o renovo da alegria.
Pr. Thiago Pacheco
As promessas de Deus são sempre fonte de alegria em nós. Certamente todas as vezes que ouvimos alguma delas sendo recitadas ou ditas a nós, percebemos em nossos corações um gostoso sentimento chamado esperança. De fato, precisamos manter esse sentimento constante em nossas vidas, sabendo que o próprio Deus é que o gera em nós.
As manhãs de Primavera são fascinantes nesse ponto, pois ao olharmos os jardins, ou ainda um pequeno vaso de flor posto à beira de uma janela, percebemos que o orvalho que desceu do céu durante a noite renova a exuberância daquela plantinha ou daquele jardim, fazendo-o despontar maravilhosamente.
Às vezes acordamos desanimados e desesperançados, mas que a certeza de que o Senhor da vida nos fartará de trigo e mosto, ou seja, suprirá todas as nossas necessidades e nos fará despontar novamente, se alegrar de novo, guarde nossos corações e mentes nesse dia.
Que Deus conceda a você o renovo da alegria.
Pr. Thiago Pacheco
domingo, 6 de dezembro de 2009
O retorno
É tempo de retornar!
Foram anos maravilhosos, repletos de desafios e alegrias. É verdade que alguns momentos tristes tentaram apagar a chama que arde em nossos corações, mas não prevaleceram. Foram anos de aprendizado e ensino, tempo de compartilhar e de reter, viver o novo e recordar com esperança o que passou. Foram anos em que Deus manifestou sua graça invisível de forma visível, como refrigério para almas cansadas e, algumas vezes, sobrecarregadas.
Serão anos maravilhosos, repletos de desafios e alegrias. Um novo tempo de experimentar do cuidado de Deus e de sua revelação plena e graciosa em nós. Serão anos em que o melhor de Deus se revelará.
Em rumo ao ministério pastoral!
Foram anos maravilhosos, repletos de desafios e alegrias. É verdade que alguns momentos tristes tentaram apagar a chama que arde em nossos corações, mas não prevaleceram. Foram anos de aprendizado e ensino, tempo de compartilhar e de reter, viver o novo e recordar com esperança o que passou. Foram anos em que Deus manifestou sua graça invisível de forma visível, como refrigério para almas cansadas e, algumas vezes, sobrecarregadas.
Serão anos maravilhosos, repletos de desafios e alegrias. Um novo tempo de experimentar do cuidado de Deus e de sua revelação plena e graciosa em nós. Serão anos em que o melhor de Deus se revelará.
Em rumo ao ministério pastoral!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Oração de louvor pelo TCC
Nós te louvamos ó Deus porque desde de nossas introduções tu nos inspirastes com tua criatividade.
Te exaltamos porque a revelação plena da tua graça invisível, Jesus Cristo nosso Senhor, se fez visível
em nós, de forma que nos capítulos das nossas vidas, nos tornamos mais que vencedores em seu amor.
Nós te bendizemos ó Santo Espírito de Deus porque tu sopraste favoravelmente sobre nós, e por isso as conclusões à que chegamos, e às que chegaremos, são e serão fontes de vida.
Por Cristo Jesus, autor de nós, em nós e através de nós. Amém!
Abraços ...rs
Pr. Thiago Pacheco
Te exaltamos porque a revelação plena da tua graça invisível, Jesus Cristo nosso Senhor, se fez visível
em nós, de forma que nos capítulos das nossas vidas, nos tornamos mais que vencedores em seu amor.
Nós te bendizemos ó Santo Espírito de Deus porque tu sopraste favoravelmente sobre nós, e por isso as conclusões à que chegamos, e às que chegaremos, são e serão fontes de vida.
Por Cristo Jesus, autor de nós, em nós e através de nós. Amém!
Abraços ...rs
Pr. Thiago Pacheco
domingo, 15 de novembro de 2009
SOBRE O ESPÍRITO SANTO - parte 4
Pregado na Igreja de St. Mary, Oxford, no Domingo de Pentecostes, 1736.
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
III
Eu prossigo agora para a terceira coisa proposta, a saber, inquirir dentro da natureza e operação do Espírito Santo, como conferido junto aos cristãos.
E aqui eu devo ignorar os dons extraordinários concedidos para as primeiras épocas da edificação da Igreja e apenas considerar que o Espírito Santo é para todo crente, para sua santificação e salvação pessoal. Não é garantido para todos ressuscitar dos mortos, e curar o doente. O que é mais necessário é estar certo, quanto a nós mesmos, que "passamos da morte para a vida", manter nossos corpos puros e imaculados, e deixá-los colher os frutos daquela saúde que flui de uma paciência magnânima, e das alegrias serenas da devoção. O Espírito Santo tem capacitado os homens a falar em línguas, e a profetizar; mas a luz que mais necessariamente atende a ele é a luz para discernir as falácias da carne e sangue, para rejeitar as máximas descrentes do mundo, e praticar aqueles graus de confiança em Deus e amor aos homens, cujo alicerce não é tanto nas aparências presentes das coisas, quanto em alguma que ainda virá. O objeto que esta luz nos faz mais imediatamente conhecer é nós mesmos; e em virtude disto, alguém que é nascido de Deus e tem a esperança viva pode, de fato, ver além, nos caminhos da Providencia, e mais além ainda, nas Escrituras Santas; porque as Santas Escrituras, exceto algumas partes acidentais e menos necessárias, são apenas a história daquele novo homem que ele mesmo é; a Providência é apenas uma sábia disposição de eventos para o despertar de pessoas específicas, e aprimorando o mundo em geral para a vinda do reino de Cristo.
Mas eu penso que a noção verdadeira do Espírito é que Ele é alguma porção, assim como preparação para a vida em Deus, que nós devemos desfrutar daqui por diante. O dom do Espírito Santo olha satisfeito para a ressurreição; porque, então, a vida de Deus está completa em nós.
Então, depois do homem ter passado por todas as penalidades do pecado, pelo trabalho penoso e vaidade da vida humana, pelas reflexões dolorosas de uma mente desperta, pelas enfermidades e dissolução do corpo, e todos os sofrimentos e mortificações, um Deus justo se colocará em seu caminho; quando, por estes meios, ele conhecer a Deus e a si mesmo, seguramente ele será confiado com a vida verdadeira; com a liberdade e ornamentos de um filho de Deus; porque ele não mais irá se apropriar de qualquer coisa. Então, o Espírito Santo será completamente conferido, quando a carne não deverá resistir mais tempo a Ele, mas ser em si mesma transformada em uma condição angelical; vestida com a não corrupção do Espírito Santo; quando o corpo, nascido com a alma, e vivendo através dela, poderia ser chamado de animal, deverá agora se tornar espiritual, enquanto pelo Espírito, ele se ergue na eternidade.
Todas as coisas no Cristianismo são algum tipo de antecipação de alguma coisa que acontecerá no final do mundo. Se os Apóstolos fossem pregar, através do comando de seu Mestre, "que o reino de Deus se aproxima", o significado seria, que dali por diante, todos os homens deveriam fixar seus olhos naquele tempo feliz, predito pelos profetas, quando o Messias viria e restauraria todas as coisas; isto, pela renuncia de seu modo de vida mundano, e submetendo-se à instituição do Evangelho, eles poderiam adequar-se, apressando-se para aquela bênção. "Agora somos os filhos de Deus", como João nos diz; ainda assim o que ele nos concede, no momento, dificilmente justificará aquele título, sem tomar na plenitude da sua imagem que deverá, então, ser manifestada em nós, quando deveremos ser "os filhos de Deus, sendo os filhos da ressurreição".
Crentes verdadeiros, então, entraram em uma vida, cuja seqüência, eles não conhecem; porque ela é "uma vida oculta com Cristo em Deus". Ele, o precursor, alcançou a finalidade dela, tendo ido junto ao Pai; mas nós podemos saber não mais dela do que apareceu Nele, enquanto esteve sobre a terra. E mesmo isto, nós não podemos saber, a não ser seguindo seus passos; que, se nós o fizermos, deveremos ser tão fortalecidos e restaurados dia-a-dia, no homem interior, que não teremos desejo de conforto, para o mundo presente, através de um sentido de "alegria colocada diante de nós"; embora que, quanto ao homem exterior, nós estaremos sujeitos a aflições e ruínas, e tratados como o refugo de todas as coisas.
Bem pode um homem perguntar a seu próprio coração, se ele é capaz de aceitar o Espírito de Deus. Porque, onde aquele Convidado divino entra, as leis de outro mundo devem ser observadas: O corpo deve ser oferecido em martírio, ou ser consumido pela luta cristã, tão despreocupadamente, quanto se a alma já tivesse providenciado sua casa do céu; os bens deste mundo devem ser deixados, tão livremente, quanto se o último fogo fosse apoderar-se deles amanhã; nosso próximo deve ser amado, tão ternamente, como se ele estivesse lavado de todos os seus pecados, e demonstrado ser um filho de Deus, pela ressurreição. Os frutos deste Espírito não devem ser meras virtudes carnais, calculadas para o conforto e decência da vida presente; mas disposições santas, adequadas aos instintos de uma vida superior já começada.
Assim, para pressionar adiante, até onde a promessa de vida o chama, - o voltar suas costas ao mundo, e confortar-se em Deus, - todos que têm fé observam que é justo e necessário e o forçam a fazer isto: Todos que têm esperança fazem isto alegremente e zelosamente, embora não sem dificuldade; mas ele que tem amor faz isto com facilidade e simplicidade de coração.
A condição do amor, sendo atendida com "alegria inexprimível e cheia de glória", com descanso das paixões e vaidades do homem; com a integridade de um julgamento imutável, e uma vontade indivisível, é, em grande medida, sua própria recompensa; ainda assim, não tanto a substituir o desejo de outro mundo. Porque embora tal homem, tendo um livre e insaciável amor por aquilo que é bom, pode raramente ter necessidade expressamente, para propor a si mesmo as esperanças da retribuição, com o objetivo de dominar sua repugnância a seu dever; ainda assim, certamente, ele deve esperar por aquilo que é melhor, afinal; e sentir uma atração clara, em direção àquela região, na qual ele tem seu lugar e situação já atribuída a ele; e juntar-se à expectativa sincera de todas as criaturas, que esperam pela manifestação dos filhos de Deus. Porque agora nós obtemos, apenas alguma parte de Espírito, para moldar e nos adequar para a integridade, para que possamos, por graus, estarmos acostumados a receber e levar Deus dentro de nós; e, portanto, o Apóstolo chama isto: "a sinceridade do Espírito"; ou seja, uma parte daquela honra que é prometida a nós pelo Senhor. Se, portanto, a sinceridade, habitando em nós, nos torna espirituais, até mesmo agora, e aquilo que é mortal é, por assim dizer, tragado pela imortalidade, como deverá ser quando, ressuscitando, devamos vê-lo face a face? Quando todos os nossos membros deverão irromper em canções de triunfo, e glorificar a Ele que os tem ressuscitado, e lhes garantiu vida eterna? Porque, se esta garantia ou penhor, envolvendo o homem em si mesmo, faz com que ele agora clame: "Aba, Pai"; o que devera toda a graça do Espírito fazer, quando sendo dado por fim aos crentes, nos fará como a Deus, e nos aperfeiçoará através da vontade do Pai?
E, assim, eu tenho feito o que foi, a principio, proposto: Eu tenho considerado a natureza de nossa queda em Adão; a pessoa de Jesus Cristo; e as operações do Espírito Santo nos cristãos.
A única inferência que traçarei do que tem sido dito, e, principalmente do relato da queda de um homem, deverá ser a racionalidade desses preceitos da abnegação, sofrimento diário, e renúncia ao mundo, que são tão peculiares ao Cristianismo, e que são o único alicerce em que as outras virtudes, recomendadas no Novo Testamento, podem ser praticadas ou obtidas, no sentido lá pretendido.
Esta inferência é tão natural, que eu não poderia ajudar antecipando isto, em alguma medida todo o momento. Alguém poderia pensar que não seria difícil persuadir uma criatura a abominar os símbolos de suas misérias; a não gostar da condição ou mansão, que apenas a expulsão e desgraça imputou a ele; para tripudiar a grandeza, refutar os confortos, e suspeitar da sabedoria de uma vida, cuja natureza o separa de seu Deus.
Seu Salvador ordena a você que "odeie a sua própria vida". Se você perguntar a razão, entre em seu coração, e veja se ele é santo, e cheio de Deus; ou se, por outro lado, muitas coisas que são contrárias a Ele são forjadas lá, e ele se torna um cultivo de inimigos. Ou, se esta é uma pergunta muito agradável, olhe para seu corpo. Você encontra lá o brilho de um anjo, todo o vigor da imortalidade? Se não, esteja certo de que sua alma está no mesmo grau de pobreza, nudez, e ausência de Deus. É verdade, que sua alma pode mais cedo ser readmitida, para alguns raios de luz do semblante de Deus, do que seu corpo pode; mas se você desse algum passo, afinal, em direção a isto, o deixar de gostar de seu ego presente deverá ser o primeiro.
Você precisa de um motivo, porque você deveria renunciar ao mundo. De fato, você não pode ver o príncipe dele caminhando, para cima e para baixo,
"buscando a quem ele possa devorar"; e você pode ser tão ignorante de seus conselhos, como a não saber que eles tomam lugar, assim como na maioria das medidas ilusórias de trabalho e aprendizagem, quanto nas ocupações mais extravagantes de prazer. Mas isto, no entanto, você não pode deixar de ver, que o mundo não é ainda um paraíso de Deus, guardado e enobrecido com a luz da glória; ele é, na verdade, um lugar onde Deus determinou que Ele não apareceria a você, na melhor das hipóteses, mas deixaria você em um estado de esperança, para que você pudesse ver a face Dele, quando este mundo for dissolvido.
Entretanto, existe um caminho de recuperar a nós mesmo, em grande medida, de todas as conseqüências danosas de nossa escravidão; e nosso Senhor nos tem ensinado este caminho. É através do sofrimento. Nós não devemos apenas "suportar muitas coisas", como ele o fez, e assim entrar na nossa glória; mas devemos também sofrer muitas coisas, para que possamos estar acima de nossa corrupção no presente, e desfrutar do Espírito Santo.
O mundo não tem poder algum sobre nós, mais do que temos uma rápida satisfação com seus confortos; e o sofrimento diminui isto. O sofrimento é, de fato, uma confutação das pretensões que o temperamento deleitoso nos alcança: Porque eu sou uma vida humana; e se esta vida contém tal facilidade, prazer estonteante, eminência gloriosa, como você promete, porque eu estou assim? Será porque eu não tenho ainda adquirido riquezas para tornar-me confortável, ou as realizações presentes para tornar-me considerável? Então, eu me certifico que todo o conforto que você propõe é, conduzindo-me fora de mim mesmo; mas eu antes entrarei profundo em minha própria condição, má como ela é: Talvez, eu deva ficar mais perto de Deus, da Verdade Eterna, no sentir tristezas e misérias que são pessoais e reais, do que em sentir comodidades que não são. Eu já começo a me certificar que todas as minhas queixas centram-se em um único ponto: Existe sempre no fundo, uma grande perda ou imperfeição, que não é a falta de amigos, ou ouro, ou saúde ou filosofia. E a consciência permanente disto pode possivelmente tornar-se uma oração nos ouvidos do Altíssimo; - uma oração não resultante de uma série de noções especulativas, mas de um estado real, não dissimulado de tudo que está dentro de mim; nem, na verdade, uma oração tão explícita como alguma que eu possa fazer; uma vez que, então, o sofrimento me abre uma porta de esperança, eu não o colocarei fora de mim, por quanto tempo eu viva: Ele me ajuda a um verdadeiro descobrimento de um período de minha existência, embora seja um menor; e ordena mais justeza, por ter alguma ligação com um período mais glorioso que eu possa seguir, do que a artimanha da indulgência, os deleites do orgulho e abertura, e toda a diplomacia sombria deste mundo que promove guerra com toda a verdade, para que o homem deva saber e sentir, antes que possa olhar em direção a Deus. Pode ser, enquanto eu continuo na cruz, que eu deva, assim como meu Salvador, dissuadir "principados e potestades"; recuperar-me mais e mais da dependência em que eu estou, de fato, mergulhado (o que ele apenas pareceu estar) nestas regras pecaminosas, e "triunfar sobre elas nisto". Pelo menos, deve parecer, no dia, em que Deus deva visitar, que meu coração, embora crescido indigno de sua residência, eram muito grande para ser confortado por alguma das suas criaturas; e foi mantido para ele, como um lugar originalmente sagrado, embora para o momento, impuro.
Mas, supondo que nosso estado requeira "morrermos diariamente", - sacrificarmos tudo que esta vida presente possa vangloriar-se, ou deleita-se, antes que desistamos da própria vida; supondo também que no momento em que façamos algo deste tipo, recebamos luz e força de Deus, para nos tornarmos superiores às nossas enfermidades, e sermos carregados calmamente em direção a Ele, na alegria do Espírito Santo; ainda assim, como um homem pode ter tais oportunidades freqüentes de sofrimento? Na verdade, martírios não acontecem em todas as épocas, e alguns dias de nossas vidas podem passar, sem a reprovação de homens; podemos estar saudáveis, e não necessitarmos de alimento ou vestimenta; (embora a própria saúde e a própria nutrição nos obriguem à dor de uma constante correção delas); ainda assim, o amor a Deus e a esperança divina não necessitará de alguma coisa para oprimi-las neste mundo.
Que um homem humilhe-se calmamente em seu coração, e veja, se não existe raiz de amargura brotando; se, pelo menos, seus pensamentos, que estão sempre em movimento, algumas vezes, não partem para projetos sugeridos pelo orgulho, ou mergulha em leviandade indolente, ou está emaranhado em ansiedade vã. Ele não encontra um impulso de ira, ou de folia, fermentando-o, num instante, totalmente; privando-o da humildade e discernimento firme que ele trabalhou em busca? Ou que ele não deixe de ter noção, a qualquer tempo, daquela obediência sincera, e zelo vigilante, e dignidade de comportamento, que, são adequados, eu não digo para um anjo, mas para um pecador que tem "a boa esperança, pela graça", e, se esforce para operá-la; e se ele não encontra uma espécie de obstáculo para isto dentro dele, ele tem, de fato, nenhuma oportunidade de sofrimento. Em resumo, se ele é tal espécie abjeta de criatura, como será, exceto se a graça puder causar a ele severidade perpétua, freqüentemente reincidir em um curso de pensamento e ação, inteiramente sem Deus; então, nunca lhe faltará oportunidades de sofrimento, mas se certificará que sua própria natureza é o mesmo fardo para ele, como aquela "geração infiel e perversa" foi para nosso Salvador, da qual Ele disse: "Por quanto tempo eu deve estar com vocês? Por quanto tempo eu devo suportar vocês?”
Eu concluirei tudo com aquele excelente Coleta de nossa Igreja: - "Ó, Deus, que em todas as épocas tem ensinado os corações de teu povo fiel, enviando a eles a luz do teu Espírito Santo; nos conceda, através do mesmo Espírito ter o julgamento correto em todas as coisas, e sempre mais nos regozijarmos em seu santo conforto, através dos méritos de Jesus Cristo, nosso Salvador; que vive e reina contigo, na unidade do mesmo Espírito, um Deus, mundo sem fim. Amém!"
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
III
Eu prossigo agora para a terceira coisa proposta, a saber, inquirir dentro da natureza e operação do Espírito Santo, como conferido junto aos cristãos.
E aqui eu devo ignorar os dons extraordinários concedidos para as primeiras épocas da edificação da Igreja e apenas considerar que o Espírito Santo é para todo crente, para sua santificação e salvação pessoal. Não é garantido para todos ressuscitar dos mortos, e curar o doente. O que é mais necessário é estar certo, quanto a nós mesmos, que "passamos da morte para a vida", manter nossos corpos puros e imaculados, e deixá-los colher os frutos daquela saúde que flui de uma paciência magnânima, e das alegrias serenas da devoção. O Espírito Santo tem capacitado os homens a falar em línguas, e a profetizar; mas a luz que mais necessariamente atende a ele é a luz para discernir as falácias da carne e sangue, para rejeitar as máximas descrentes do mundo, e praticar aqueles graus de confiança em Deus e amor aos homens, cujo alicerce não é tanto nas aparências presentes das coisas, quanto em alguma que ainda virá. O objeto que esta luz nos faz mais imediatamente conhecer é nós mesmos; e em virtude disto, alguém que é nascido de Deus e tem a esperança viva pode, de fato, ver além, nos caminhos da Providencia, e mais além ainda, nas Escrituras Santas; porque as Santas Escrituras, exceto algumas partes acidentais e menos necessárias, são apenas a história daquele novo homem que ele mesmo é; a Providência é apenas uma sábia disposição de eventos para o despertar de pessoas específicas, e aprimorando o mundo em geral para a vinda do reino de Cristo.
Mas eu penso que a noção verdadeira do Espírito é que Ele é alguma porção, assim como preparação para a vida em Deus, que nós devemos desfrutar daqui por diante. O dom do Espírito Santo olha satisfeito para a ressurreição; porque, então, a vida de Deus está completa em nós.
Então, depois do homem ter passado por todas as penalidades do pecado, pelo trabalho penoso e vaidade da vida humana, pelas reflexões dolorosas de uma mente desperta, pelas enfermidades e dissolução do corpo, e todos os sofrimentos e mortificações, um Deus justo se colocará em seu caminho; quando, por estes meios, ele conhecer a Deus e a si mesmo, seguramente ele será confiado com a vida verdadeira; com a liberdade e ornamentos de um filho de Deus; porque ele não mais irá se apropriar de qualquer coisa. Então, o Espírito Santo será completamente conferido, quando a carne não deverá resistir mais tempo a Ele, mas ser em si mesma transformada em uma condição angelical; vestida com a não corrupção do Espírito Santo; quando o corpo, nascido com a alma, e vivendo através dela, poderia ser chamado de animal, deverá agora se tornar espiritual, enquanto pelo Espírito, ele se ergue na eternidade.
Todas as coisas no Cristianismo são algum tipo de antecipação de alguma coisa que acontecerá no final do mundo. Se os Apóstolos fossem pregar, através do comando de seu Mestre, "que o reino de Deus se aproxima", o significado seria, que dali por diante, todos os homens deveriam fixar seus olhos naquele tempo feliz, predito pelos profetas, quando o Messias viria e restauraria todas as coisas; isto, pela renuncia de seu modo de vida mundano, e submetendo-se à instituição do Evangelho, eles poderiam adequar-se, apressando-se para aquela bênção. "Agora somos os filhos de Deus", como João nos diz; ainda assim o que ele nos concede, no momento, dificilmente justificará aquele título, sem tomar na plenitude da sua imagem que deverá, então, ser manifestada em nós, quando deveremos ser "os filhos de Deus, sendo os filhos da ressurreição".
Crentes verdadeiros, então, entraram em uma vida, cuja seqüência, eles não conhecem; porque ela é "uma vida oculta com Cristo em Deus". Ele, o precursor, alcançou a finalidade dela, tendo ido junto ao Pai; mas nós podemos saber não mais dela do que apareceu Nele, enquanto esteve sobre a terra. E mesmo isto, nós não podemos saber, a não ser seguindo seus passos; que, se nós o fizermos, deveremos ser tão fortalecidos e restaurados dia-a-dia, no homem interior, que não teremos desejo de conforto, para o mundo presente, através de um sentido de "alegria colocada diante de nós"; embora que, quanto ao homem exterior, nós estaremos sujeitos a aflições e ruínas, e tratados como o refugo de todas as coisas.
Bem pode um homem perguntar a seu próprio coração, se ele é capaz de aceitar o Espírito de Deus. Porque, onde aquele Convidado divino entra, as leis de outro mundo devem ser observadas: O corpo deve ser oferecido em martírio, ou ser consumido pela luta cristã, tão despreocupadamente, quanto se a alma já tivesse providenciado sua casa do céu; os bens deste mundo devem ser deixados, tão livremente, quanto se o último fogo fosse apoderar-se deles amanhã; nosso próximo deve ser amado, tão ternamente, como se ele estivesse lavado de todos os seus pecados, e demonstrado ser um filho de Deus, pela ressurreição. Os frutos deste Espírito não devem ser meras virtudes carnais, calculadas para o conforto e decência da vida presente; mas disposições santas, adequadas aos instintos de uma vida superior já começada.
Assim, para pressionar adiante, até onde a promessa de vida o chama, - o voltar suas costas ao mundo, e confortar-se em Deus, - todos que têm fé observam que é justo e necessário e o forçam a fazer isto: Todos que têm esperança fazem isto alegremente e zelosamente, embora não sem dificuldade; mas ele que tem amor faz isto com facilidade e simplicidade de coração.
A condição do amor, sendo atendida com "alegria inexprimível e cheia de glória", com descanso das paixões e vaidades do homem; com a integridade de um julgamento imutável, e uma vontade indivisível, é, em grande medida, sua própria recompensa; ainda assim, não tanto a substituir o desejo de outro mundo. Porque embora tal homem, tendo um livre e insaciável amor por aquilo que é bom, pode raramente ter necessidade expressamente, para propor a si mesmo as esperanças da retribuição, com o objetivo de dominar sua repugnância a seu dever; ainda assim, certamente, ele deve esperar por aquilo que é melhor, afinal; e sentir uma atração clara, em direção àquela região, na qual ele tem seu lugar e situação já atribuída a ele; e juntar-se à expectativa sincera de todas as criaturas, que esperam pela manifestação dos filhos de Deus. Porque agora nós obtemos, apenas alguma parte de Espírito, para moldar e nos adequar para a integridade, para que possamos, por graus, estarmos acostumados a receber e levar Deus dentro de nós; e, portanto, o Apóstolo chama isto: "a sinceridade do Espírito"; ou seja, uma parte daquela honra que é prometida a nós pelo Senhor. Se, portanto, a sinceridade, habitando em nós, nos torna espirituais, até mesmo agora, e aquilo que é mortal é, por assim dizer, tragado pela imortalidade, como deverá ser quando, ressuscitando, devamos vê-lo face a face? Quando todos os nossos membros deverão irromper em canções de triunfo, e glorificar a Ele que os tem ressuscitado, e lhes garantiu vida eterna? Porque, se esta garantia ou penhor, envolvendo o homem em si mesmo, faz com que ele agora clame: "Aba, Pai"; o que devera toda a graça do Espírito fazer, quando sendo dado por fim aos crentes, nos fará como a Deus, e nos aperfeiçoará através da vontade do Pai?
E, assim, eu tenho feito o que foi, a principio, proposto: Eu tenho considerado a natureza de nossa queda em Adão; a pessoa de Jesus Cristo; e as operações do Espírito Santo nos cristãos.
A única inferência que traçarei do que tem sido dito, e, principalmente do relato da queda de um homem, deverá ser a racionalidade desses preceitos da abnegação, sofrimento diário, e renúncia ao mundo, que são tão peculiares ao Cristianismo, e que são o único alicerce em que as outras virtudes, recomendadas no Novo Testamento, podem ser praticadas ou obtidas, no sentido lá pretendido.
Esta inferência é tão natural, que eu não poderia ajudar antecipando isto, em alguma medida todo o momento. Alguém poderia pensar que não seria difícil persuadir uma criatura a abominar os símbolos de suas misérias; a não gostar da condição ou mansão, que apenas a expulsão e desgraça imputou a ele; para tripudiar a grandeza, refutar os confortos, e suspeitar da sabedoria de uma vida, cuja natureza o separa de seu Deus.
Seu Salvador ordena a você que "odeie a sua própria vida". Se você perguntar a razão, entre em seu coração, e veja se ele é santo, e cheio de Deus; ou se, por outro lado, muitas coisas que são contrárias a Ele são forjadas lá, e ele se torna um cultivo de inimigos. Ou, se esta é uma pergunta muito agradável, olhe para seu corpo. Você encontra lá o brilho de um anjo, todo o vigor da imortalidade? Se não, esteja certo de que sua alma está no mesmo grau de pobreza, nudez, e ausência de Deus. É verdade, que sua alma pode mais cedo ser readmitida, para alguns raios de luz do semblante de Deus, do que seu corpo pode; mas se você desse algum passo, afinal, em direção a isto, o deixar de gostar de seu ego presente deverá ser o primeiro.
Você precisa de um motivo, porque você deveria renunciar ao mundo. De fato, você não pode ver o príncipe dele caminhando, para cima e para baixo,
"buscando a quem ele possa devorar"; e você pode ser tão ignorante de seus conselhos, como a não saber que eles tomam lugar, assim como na maioria das medidas ilusórias de trabalho e aprendizagem, quanto nas ocupações mais extravagantes de prazer. Mas isto, no entanto, você não pode deixar de ver, que o mundo não é ainda um paraíso de Deus, guardado e enobrecido com a luz da glória; ele é, na verdade, um lugar onde Deus determinou que Ele não apareceria a você, na melhor das hipóteses, mas deixaria você em um estado de esperança, para que você pudesse ver a face Dele, quando este mundo for dissolvido.
Entretanto, existe um caminho de recuperar a nós mesmo, em grande medida, de todas as conseqüências danosas de nossa escravidão; e nosso Senhor nos tem ensinado este caminho. É através do sofrimento. Nós não devemos apenas "suportar muitas coisas", como ele o fez, e assim entrar na nossa glória; mas devemos também sofrer muitas coisas, para que possamos estar acima de nossa corrupção no presente, e desfrutar do Espírito Santo.
O mundo não tem poder algum sobre nós, mais do que temos uma rápida satisfação com seus confortos; e o sofrimento diminui isto. O sofrimento é, de fato, uma confutação das pretensões que o temperamento deleitoso nos alcança: Porque eu sou uma vida humana; e se esta vida contém tal facilidade, prazer estonteante, eminência gloriosa, como você promete, porque eu estou assim? Será porque eu não tenho ainda adquirido riquezas para tornar-me confortável, ou as realizações presentes para tornar-me considerável? Então, eu me certifico que todo o conforto que você propõe é, conduzindo-me fora de mim mesmo; mas eu antes entrarei profundo em minha própria condição, má como ela é: Talvez, eu deva ficar mais perto de Deus, da Verdade Eterna, no sentir tristezas e misérias que são pessoais e reais, do que em sentir comodidades que não são. Eu já começo a me certificar que todas as minhas queixas centram-se em um único ponto: Existe sempre no fundo, uma grande perda ou imperfeição, que não é a falta de amigos, ou ouro, ou saúde ou filosofia. E a consciência permanente disto pode possivelmente tornar-se uma oração nos ouvidos do Altíssimo; - uma oração não resultante de uma série de noções especulativas, mas de um estado real, não dissimulado de tudo que está dentro de mim; nem, na verdade, uma oração tão explícita como alguma que eu possa fazer; uma vez que, então, o sofrimento me abre uma porta de esperança, eu não o colocarei fora de mim, por quanto tempo eu viva: Ele me ajuda a um verdadeiro descobrimento de um período de minha existência, embora seja um menor; e ordena mais justeza, por ter alguma ligação com um período mais glorioso que eu possa seguir, do que a artimanha da indulgência, os deleites do orgulho e abertura, e toda a diplomacia sombria deste mundo que promove guerra com toda a verdade, para que o homem deva saber e sentir, antes que possa olhar em direção a Deus. Pode ser, enquanto eu continuo na cruz, que eu deva, assim como meu Salvador, dissuadir "principados e potestades"; recuperar-me mais e mais da dependência em que eu estou, de fato, mergulhado (o que ele apenas pareceu estar) nestas regras pecaminosas, e "triunfar sobre elas nisto". Pelo menos, deve parecer, no dia, em que Deus deva visitar, que meu coração, embora crescido indigno de sua residência, eram muito grande para ser confortado por alguma das suas criaturas; e foi mantido para ele, como um lugar originalmente sagrado, embora para o momento, impuro.
Mas, supondo que nosso estado requeira "morrermos diariamente", - sacrificarmos tudo que esta vida presente possa vangloriar-se, ou deleita-se, antes que desistamos da própria vida; supondo também que no momento em que façamos algo deste tipo, recebamos luz e força de Deus, para nos tornarmos superiores às nossas enfermidades, e sermos carregados calmamente em direção a Ele, na alegria do Espírito Santo; ainda assim, como um homem pode ter tais oportunidades freqüentes de sofrimento? Na verdade, martírios não acontecem em todas as épocas, e alguns dias de nossas vidas podem passar, sem a reprovação de homens; podemos estar saudáveis, e não necessitarmos de alimento ou vestimenta; (embora a própria saúde e a própria nutrição nos obriguem à dor de uma constante correção delas); ainda assim, o amor a Deus e a esperança divina não necessitará de alguma coisa para oprimi-las neste mundo.
Que um homem humilhe-se calmamente em seu coração, e veja, se não existe raiz de amargura brotando; se, pelo menos, seus pensamentos, que estão sempre em movimento, algumas vezes, não partem para projetos sugeridos pelo orgulho, ou mergulha em leviandade indolente, ou está emaranhado em ansiedade vã. Ele não encontra um impulso de ira, ou de folia, fermentando-o, num instante, totalmente; privando-o da humildade e discernimento firme que ele trabalhou em busca? Ou que ele não deixe de ter noção, a qualquer tempo, daquela obediência sincera, e zelo vigilante, e dignidade de comportamento, que, são adequados, eu não digo para um anjo, mas para um pecador que tem "a boa esperança, pela graça", e, se esforce para operá-la; e se ele não encontra uma espécie de obstáculo para isto dentro dele, ele tem, de fato, nenhuma oportunidade de sofrimento. Em resumo, se ele é tal espécie abjeta de criatura, como será, exceto se a graça puder causar a ele severidade perpétua, freqüentemente reincidir em um curso de pensamento e ação, inteiramente sem Deus; então, nunca lhe faltará oportunidades de sofrimento, mas se certificará que sua própria natureza é o mesmo fardo para ele, como aquela "geração infiel e perversa" foi para nosso Salvador, da qual Ele disse: "Por quanto tempo eu deve estar com vocês? Por quanto tempo eu devo suportar vocês?”
Eu concluirei tudo com aquele excelente Coleta de nossa Igreja: - "Ó, Deus, que em todas as épocas tem ensinado os corações de teu povo fiel, enviando a eles a luz do teu Espírito Santo; nos conceda, através do mesmo Espírito ter o julgamento correto em todas as coisas, e sempre mais nos regozijarmos em seu santo conforto, através dos méritos de Jesus Cristo, nosso Salvador; que vive e reina contigo, na unidade do mesmo Espírito, um Deus, mundo sem fim. Amém!"
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
SOBRE O ESPÍRITO SANTO - parte 3
Pregado na Igreja de St. Mary, Oxford, no Domingo de Pentecostes, 1736.
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
II
Mas aparecerá mais claramente que Ele é assim, da Segunda coisa proposta; que foi a consideração da pessoa de Jesus Cristo.
Ele foi um, a quem "Deus não deu o Espírito pela medida: mas nele habita toda a plenitude da Divindade em pessoa; e de sua plenitude nós todos recebemos, e graça por graça". Na verdade, todas as comunicações da Divindade, que algumas criaturas poderiam receber, foram sempre Dele, como a Palavra de Deus; mas tudo que esta humanidade, no estado terreno deveria receber, deveria ser Dele, através dos meios daquele corpo, a princípio mortal, como os deles, e, então, glorioso, "na semelhança de Deus", que ele tomou para si por causa deles.
No começo, a Palavra divina – sendo um Espírito que resultou do Pai, e a Palavra de seu Poder, - feito homem na imagem da imortalidade, de acordo com a semelhança do Pai. Mas ele que tem sido feito na imagem de Deus, mais tarde, tornou-se mortal, quando um Espírito mais poderoso foi separado dele. Para remediar isto, a Palavra se fez Homem, para que o homem, recebendo a adoção, se tornasse um filho de Deus, uma vez mais; para que a luz do pai descansasse sobre a carne de nosso Senhor, e brilhasse de lá junto a nós; e assim o homem, estando envolvido com a luz da Divindade, fosse conduzido até a imortalidade. Quando ele foi encarnado e tornou-se homem, ele recapitulou em si mesmo todas as gerações da humanidade, fazendo de si mesmo o centro de nossa salvação, para aquela que perdemos em Adão, até mesmo a imagem e semelhança de Deus, nós receberíamos em Jesus Cristo. Através do Espírito Santo vindo sobre Maria, e o poder do Altíssimo ofuscando-a, a encarnação ou Cristo foi forjada, e um novo nascimento, por meio do qual o homem seria nascido de Deus, foi mostrado; assim, como através de nosso primeiro nascimento, nós herdamos a morte; através deste nascimento, herdaríamos a vida.
Isto não é outra coisa do que o que Paulo nos ensina: "O primeiro homem, Adão, foi feito uma alma vivente, mas o Segundo Adão foi feito um espírito vivificante". Tudo que o primeiro homem possuiu de si mesmo, tudo que ele nos transmitiu, é "uma alma vivente"; uma natureza dotada com uma vida animal, e receptiva de uma espiritual. Mas o Segundo Adão é, e foi feito para nós, "um espírito vivificante"; através da força dele, como nosso Criador, nós fomos, a princípio, erguido acima de nós mesmos; pela força dele como nosso Redentor, novamente vivemos junto a Deus.
Nele está colocado para nós aquele suplemento de nossa natureza, do qual teremos necessidade, mais cedo ou mais tarde; e isto não pode ser compensado por alguma assistência das criaturas, ou algum aperfeiçoamento de nossas próprias qualidades: Porque nós formos feitos para sermos felizes apenas em Deus; e todos os nossos esforços e esperanças, enquanto não estivermos ávidos de nosso estado divino, - de compartilhar como verdadeiramente de Deus, quanto o fazemos da carne e sangue, para sermos glorificados em sua natureza, como temos sido desonrados em nossa própria, - são os esforços e esperanças daqueles que se enganam extremamente.
A sabedoria divina sabia qual era nossa consolação apropriada, embora nós, não. O que mais obviamente se apresenta no Salvador do mundo, do que uma união do homem com Deus? – uma união atendida com toda a propriedade do comportamento a que somos chamados, como candidatos do Espírito; tal como caminhando com Deus na singeleza do coração, auto-renúncia perfeita, e uma vida de sofrimentos, - uma união que se submeteu aos estágios necessários de nosso progresso, onde a vida divina esteve oculta, na maior parte, no secreto da alma, até a morte; no estado de separação, confortou a alma, mas não a ergueu acima da região intermediária do Paraíso; na ressurreição, vestido o corpo com qualidades divinas, e os poderes da imortalidade; e, por fim, ergueu-a para a presença imediata e mão direita do Pai. — 969 —
Cristo não é apenas Deus acima de nós; que nos pode manter em reverência, mas não pode salvar; mas ele é Emanuel, o Deus conosco, e em nós. Já que ele é o Filho de Deus, Deus deve estar onde ele está; 0e como ele é o Filho do homem, ele estará com a humanidade; a conseqüência disto é que, na era futura, "o tabernáculo de Deus será com os homens", e ele mostrará a eles sua glória; e, no presente, ele habitará nos corações deles, pela fé em seu Filho.
Eu espero que suficientemente fique aparente que "o Senhor é este Espírito". Considerando o que somos, e o que temos sido, nada menos do que o receber aquele Espírito novamente seria redenção para nós; e considerando quem esta pessoa celeste foi, e que foi enviada para ser nosso Redentor, nós podemos esperar nada menos dele.
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
II
Mas aparecerá mais claramente que Ele é assim, da Segunda coisa proposta; que foi a consideração da pessoa de Jesus Cristo.
Ele foi um, a quem "Deus não deu o Espírito pela medida: mas nele habita toda a plenitude da Divindade em pessoa; e de sua plenitude nós todos recebemos, e graça por graça". Na verdade, todas as comunicações da Divindade, que algumas criaturas poderiam receber, foram sempre Dele, como a Palavra de Deus; mas tudo que esta humanidade, no estado terreno deveria receber, deveria ser Dele, através dos meios daquele corpo, a princípio mortal, como os deles, e, então, glorioso, "na semelhança de Deus", que ele tomou para si por causa deles.
No começo, a Palavra divina – sendo um Espírito que resultou do Pai, e a Palavra de seu Poder, - feito homem na imagem da imortalidade, de acordo com a semelhança do Pai. Mas ele que tem sido feito na imagem de Deus, mais tarde, tornou-se mortal, quando um Espírito mais poderoso foi separado dele. Para remediar isto, a Palavra se fez Homem, para que o homem, recebendo a adoção, se tornasse um filho de Deus, uma vez mais; para que a luz do pai descansasse sobre a carne de nosso Senhor, e brilhasse de lá junto a nós; e assim o homem, estando envolvido com a luz da Divindade, fosse conduzido até a imortalidade. Quando ele foi encarnado e tornou-se homem, ele recapitulou em si mesmo todas as gerações da humanidade, fazendo de si mesmo o centro de nossa salvação, para aquela que perdemos em Adão, até mesmo a imagem e semelhança de Deus, nós receberíamos em Jesus Cristo. Através do Espírito Santo vindo sobre Maria, e o poder do Altíssimo ofuscando-a, a encarnação ou Cristo foi forjada, e um novo nascimento, por meio do qual o homem seria nascido de Deus, foi mostrado; assim, como através de nosso primeiro nascimento, nós herdamos a morte; através deste nascimento, herdaríamos a vida.
Isto não é outra coisa do que o que Paulo nos ensina: "O primeiro homem, Adão, foi feito uma alma vivente, mas o Segundo Adão foi feito um espírito vivificante". Tudo que o primeiro homem possuiu de si mesmo, tudo que ele nos transmitiu, é "uma alma vivente"; uma natureza dotada com uma vida animal, e receptiva de uma espiritual. Mas o Segundo Adão é, e foi feito para nós, "um espírito vivificante"; através da força dele, como nosso Criador, nós fomos, a princípio, erguido acima de nós mesmos; pela força dele como nosso Redentor, novamente vivemos junto a Deus.
Nele está colocado para nós aquele suplemento de nossa natureza, do qual teremos necessidade, mais cedo ou mais tarde; e isto não pode ser compensado por alguma assistência das criaturas, ou algum aperfeiçoamento de nossas próprias qualidades: Porque nós formos feitos para sermos felizes apenas em Deus; e todos os nossos esforços e esperanças, enquanto não estivermos ávidos de nosso estado divino, - de compartilhar como verdadeiramente de Deus, quanto o fazemos da carne e sangue, para sermos glorificados em sua natureza, como temos sido desonrados em nossa própria, - são os esforços e esperanças daqueles que se enganam extremamente.
A sabedoria divina sabia qual era nossa consolação apropriada, embora nós, não. O que mais obviamente se apresenta no Salvador do mundo, do que uma união do homem com Deus? – uma união atendida com toda a propriedade do comportamento a que somos chamados, como candidatos do Espírito; tal como caminhando com Deus na singeleza do coração, auto-renúncia perfeita, e uma vida de sofrimentos, - uma união que se submeteu aos estágios necessários de nosso progresso, onde a vida divina esteve oculta, na maior parte, no secreto da alma, até a morte; no estado de separação, confortou a alma, mas não a ergueu acima da região intermediária do Paraíso; na ressurreição, vestido o corpo com qualidades divinas, e os poderes da imortalidade; e, por fim, ergueu-a para a presença imediata e mão direita do Pai. — 969 —
Cristo não é apenas Deus acima de nós; que nos pode manter em reverência, mas não pode salvar; mas ele é Emanuel, o Deus conosco, e em nós. Já que ele é o Filho de Deus, Deus deve estar onde ele está; 0e como ele é o Filho do homem, ele estará com a humanidade; a conseqüência disto é que, na era futura, "o tabernáculo de Deus será com os homens", e ele mostrará a eles sua glória; e, no presente, ele habitará nos corações deles, pela fé em seu Filho.
Eu espero que suficientemente fique aparente que "o Senhor é este Espírito". Considerando o que somos, e o que temos sido, nada menos do que o receber aquele Espírito novamente seria redenção para nós; e considerando quem esta pessoa celeste foi, e que foi enviada para ser nosso Redentor, nós podemos esperar nada menos dele.
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
SOBRE O ESPÍRITO SANTO - parte 2
SOBRE O ESPÍRITO SANTO
Pregado na Igreja de St. Mary, Oxford, no Domingo de Pentecostes, 1736.
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
I
Eu considerarei a natureza de nossa queda em Adão.
Nossos primeiros pais desfrutaram da presença do Espírito Santo; porque foram criados na imagem e semelhança de Deus, que não era outra, do que seu Espírito. Através disto, ele comunica-se com suas criaturas; e através disto apenas, elas podem carregar alguma semelhança com ele. É, de fato, a vida dele, neles; e tão propriamente divina, que, neste fundamento, anjos e homens regenerados são chamados de seus filhos.
Mas, quando o homem não fosse mais guiado pelo Espírito Santo, ele o deixaria. Quando ele fosse sábio à sua própria maneira, e em sua própria força, e não dependesse, na simplicidade, do seu Pai celeste, a semente de uma vida superior seria retirada dele. Porque ele não mais estaria adequado para ser formado na condição celestial; quando ele tivesse um desejo tão indigno, ou antes, uma dependência de um fruto mundano, que ele sabia Deus não o abençoaria; não mais se adequou para receber os socorros sobrenaturais, quando não estaria contente com seu estado feliz em direção a Deus, sem um exame demasiadamente curioso nele.
Então, ele se achou abandonado por Deus, e deixado para a pobreza, fraqueza, e miséria da sua própria natureza. Ele era agora um mero animal, como outras criaturas feitas de carne e sangue, mas apenas dotado de um entendimento maior; pelo que ele tanto seria conduzido para absurdos maiores, do que eles seriam culpados, quanto, antes se tornaria consciente da perda de sua felicidade, e se colocaria no curso correto, para resgatá-la; ou seja, se ele continuasse um apóstata desatento, ele amaria e admiraria os bens deste mundo, a felicidade adequada apenas dos animais; e, para recomendar e dissimular seus efeitos, ele acrescentaria todos os ornamentos a eles, que sua inteligência superior poderia inventar. Ou, antes (o que é, na verdade, mais acima dos brutos, mas não mais perto da perfeição do homem, como um parceiro de Deus, do que outro), ele estruturaria um novo mundo para si mesmo, em teoria; algumas vezes, através de imaginações acaloradas, e, algumas vezes, através dos raciocínios frios, esforçando-se para enaltecer sua condição e defender sua prática, ou, pelo menos, distrair-se do sentimento de sua própria vileza e desordem.
Se, por outro lado, ele fosse desejoso de se certificar das misérias de sua queda, seu entendimento o supriria de razões, para um constante murmurar, por menosprezar e negar a si mesmo; indicaria os efeitos tristes de sair fora de Deus e perder Seu Espírito, na vergonha e agonia de uma natureza, em divergência consigo mesma; ávido da imortalidade, e ainda assim, sujeito à morte; aprovando justiça, e ainda assim, tendo prazer nas coisas inconsistentes com ela; sentindo uma imensa necessidade de alguma coisa para aperfeiçoar e satisfazer todas as faculdades, e ainda assim, nem sendo capaz de saber o que aquela coisa seria, diferente do que suas imperfeições presentes, nem como obtê-la, por outro lado, do que indo contrário às inclinações atuais dela. — 967 —
Bem poderia Adão agora se encontrar desnudo; nada menos do que Deus partiu dele. Até, então, ele havia experimentado nada, a não ser da bondade e delicadeza de Deus; uma vida celestial espalhando-se, através de toda sua estrutura, como se ele não fosse feito de pó; sua mente foi preenchida com a sabedoria angelical; uma direção do alto o levou, através da mão; ele caminhava e pensava corretamente, e parecia não ser uma criança ou noviço nas coisas divinas. Mas agora ele tinha outras coisas para experimentar; alguma coisa em sua alma que ele não encontrou, nem precisou temer, enquanto era levado direto, através do gentil vento da graça divina; alguma coisa em seu corpo que ele não veria, nem se queixaria dela; enquanto aquele corpo estava coberto com a glória. Ele sente lá um auto-desprazer, turbulência, e confusão tal como é comum a outros espírito que perderam Deus: ele vê aqui motivos de vergonha presente e uma dissolução futura; e um forte engajamento àquela vida humilhante, que é comum aos animais que nunca desfrutaram da natureza divina.
O caráter geral, portanto, de um estado atual do homem é a morte, - a morte de Deus, por meio da qual não mais desfrutamos de algum intercurso com ele, ou felicidade nele; nós não mais brilhamos com sua glória ou agimos com seus poderes. É verdade, enquanto temos uma existência, "nele nós devemos viver, e nos mover, e termos nossa existência"; mas isto nós fazemos agora, não de uma maneira filial, mas apenas como um servo, assim como todos, até mesmo, as criaturas mais inferiores, existem nele. É uma coisa receber de Deus uma habilidade para caminhar e falar, comer e digerir, - ser sustentado por sua mão, assim como uma parte desta criação terrestre, e nos mesmos termos com isto, para uma prova além, ou vingança; e outra, receber dele a vida que é sua própria semelhança, - ter dentro de nós, alguma coisa que não é desta criação, e que é mantida por sua própria palavra e poder imediatos.
Ainda assim, isto não é o todo que está inserido no pecado do homem. Porque ele não está somente inclinado a toda estupidez de apetite, e todo o orgulho da razão, mas ele se encontra caído, sob a instrução do maligno, que poderosamente o favorece em ambos. O estado em que ele, a princípio, esteve situado, foi um estado da mais simples sujeição a Deus, e isto o autorizou a beber de seu Espírito; mas quando ele, não satisfeito, em estar verdadeiramente no paraíso, sob tão completa luz do semblante de Deus quanto ele seria capaz; quis conhecer o bem e o mal, e satisfazer-se, junto aos alicerces racionais, quer fosse melhor para ele ser como ele era ou não; quando, menosprezando o ser dirigido como um filho, ele quis pesar cada coisa por si mesmo; e buscar evidência melhor do que a voz de seu Mestre e o selo do Espírito em seu coração: então, ele não apenas obedeceu, mas tornou-se igual àquele filho mais velho do orgulho, e estava infelizmente habilitado às visitas freqüentes, ou antes, à influência contínua dele. Já que a vida foi ligada ao seu manter o comando, e, assim sendo, àquele Espírito, que sozinho poderia formá-la, junto à vida verdadeira, habitou em seu corpo; assim, sendo sentenciado à morte por sua transgressão, ele foi liberto "dele que tem o poder da morte, que, é o diabo", cujas impressões hostis e indelicadas promovem a morte e pecado de uma só vez.
Este sendo o estado do homem, se Deus enviasse a ele o Redentor, o que deveria aquele Redentor fazer por ele? Seria suficiente para ele ser o promulgador de uma nova lei, - nos dar uma série de preceitos excelentes? Não: Se nós pudéssemos mantê-los, isto sozinho não nos tornaria felizes. Uma boa consciência traz o homem para a felicidade de ser consistente consigo mesmo; mas não aquela de ser erguido acima de si mesmo em Deus; o que toda pessoa irá encontrar, afinal, é a coisa que ela necessita. Então, ele deverá ser a fonte de uma justiça imputada, e procurar o favor mais terno de todos os seus seguidores? Isto também não é suficiente. Embora se admita que um homem possa ser reto, e isento de punição, ainda assim, se ele é realmente dominado pelas corrupções da natureza, quando dotado com esses privilégios da redenção, ele dificilmente poderá se tornar acessível; e qualquer que seja o favor que ele possa receber de Deus, aqui, ou daqui por diante, sem uma comunicação de si mesmo: não será a cura de um espírito caído, nem a felicidade de alguém reconciliado. Então, nosso Redentor não deverá ser (de acordo com o caráter que João, seu precursor, deu dele) aquele "batizado com o Espírito Santo", - a Fonte e Restaurador disto para a humanidade, por meio da qual ela é restaurada ao seu estado primeiro, e o desfrute de Deus? E isto é o argumento presumível de que "o Senhor é aquele Espírito".
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
Pregado na Igreja de St. Mary, Oxford, no Domingo de Pentecostes, 1736.
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
I
Eu considerarei a natureza de nossa queda em Adão.
Nossos primeiros pais desfrutaram da presença do Espírito Santo; porque foram criados na imagem e semelhança de Deus, que não era outra, do que seu Espírito. Através disto, ele comunica-se com suas criaturas; e através disto apenas, elas podem carregar alguma semelhança com ele. É, de fato, a vida dele, neles; e tão propriamente divina, que, neste fundamento, anjos e homens regenerados são chamados de seus filhos.
Mas, quando o homem não fosse mais guiado pelo Espírito Santo, ele o deixaria. Quando ele fosse sábio à sua própria maneira, e em sua própria força, e não dependesse, na simplicidade, do seu Pai celeste, a semente de uma vida superior seria retirada dele. Porque ele não mais estaria adequado para ser formado na condição celestial; quando ele tivesse um desejo tão indigno, ou antes, uma dependência de um fruto mundano, que ele sabia Deus não o abençoaria; não mais se adequou para receber os socorros sobrenaturais, quando não estaria contente com seu estado feliz em direção a Deus, sem um exame demasiadamente curioso nele.
Então, ele se achou abandonado por Deus, e deixado para a pobreza, fraqueza, e miséria da sua própria natureza. Ele era agora um mero animal, como outras criaturas feitas de carne e sangue, mas apenas dotado de um entendimento maior; pelo que ele tanto seria conduzido para absurdos maiores, do que eles seriam culpados, quanto, antes se tornaria consciente da perda de sua felicidade, e se colocaria no curso correto, para resgatá-la; ou seja, se ele continuasse um apóstata desatento, ele amaria e admiraria os bens deste mundo, a felicidade adequada apenas dos animais; e, para recomendar e dissimular seus efeitos, ele acrescentaria todos os ornamentos a eles, que sua inteligência superior poderia inventar. Ou, antes (o que é, na verdade, mais acima dos brutos, mas não mais perto da perfeição do homem, como um parceiro de Deus, do que outro), ele estruturaria um novo mundo para si mesmo, em teoria; algumas vezes, através de imaginações acaloradas, e, algumas vezes, através dos raciocínios frios, esforçando-se para enaltecer sua condição e defender sua prática, ou, pelo menos, distrair-se do sentimento de sua própria vileza e desordem.
Se, por outro lado, ele fosse desejoso de se certificar das misérias de sua queda, seu entendimento o supriria de razões, para um constante murmurar, por menosprezar e negar a si mesmo; indicaria os efeitos tristes de sair fora de Deus e perder Seu Espírito, na vergonha e agonia de uma natureza, em divergência consigo mesma; ávido da imortalidade, e ainda assim, sujeito à morte; aprovando justiça, e ainda assim, tendo prazer nas coisas inconsistentes com ela; sentindo uma imensa necessidade de alguma coisa para aperfeiçoar e satisfazer todas as faculdades, e ainda assim, nem sendo capaz de saber o que aquela coisa seria, diferente do que suas imperfeições presentes, nem como obtê-la, por outro lado, do que indo contrário às inclinações atuais dela. — 967 —
Bem poderia Adão agora se encontrar desnudo; nada menos do que Deus partiu dele. Até, então, ele havia experimentado nada, a não ser da bondade e delicadeza de Deus; uma vida celestial espalhando-se, através de toda sua estrutura, como se ele não fosse feito de pó; sua mente foi preenchida com a sabedoria angelical; uma direção do alto o levou, através da mão; ele caminhava e pensava corretamente, e parecia não ser uma criança ou noviço nas coisas divinas. Mas agora ele tinha outras coisas para experimentar; alguma coisa em sua alma que ele não encontrou, nem precisou temer, enquanto era levado direto, através do gentil vento da graça divina; alguma coisa em seu corpo que ele não veria, nem se queixaria dela; enquanto aquele corpo estava coberto com a glória. Ele sente lá um auto-desprazer, turbulência, e confusão tal como é comum a outros espírito que perderam Deus: ele vê aqui motivos de vergonha presente e uma dissolução futura; e um forte engajamento àquela vida humilhante, que é comum aos animais que nunca desfrutaram da natureza divina.
O caráter geral, portanto, de um estado atual do homem é a morte, - a morte de Deus, por meio da qual não mais desfrutamos de algum intercurso com ele, ou felicidade nele; nós não mais brilhamos com sua glória ou agimos com seus poderes. É verdade, enquanto temos uma existência, "nele nós devemos viver, e nos mover, e termos nossa existência"; mas isto nós fazemos agora, não de uma maneira filial, mas apenas como um servo, assim como todos, até mesmo, as criaturas mais inferiores, existem nele. É uma coisa receber de Deus uma habilidade para caminhar e falar, comer e digerir, - ser sustentado por sua mão, assim como uma parte desta criação terrestre, e nos mesmos termos com isto, para uma prova além, ou vingança; e outra, receber dele a vida que é sua própria semelhança, - ter dentro de nós, alguma coisa que não é desta criação, e que é mantida por sua própria palavra e poder imediatos.
Ainda assim, isto não é o todo que está inserido no pecado do homem. Porque ele não está somente inclinado a toda estupidez de apetite, e todo o orgulho da razão, mas ele se encontra caído, sob a instrução do maligno, que poderosamente o favorece em ambos. O estado em que ele, a princípio, esteve situado, foi um estado da mais simples sujeição a Deus, e isto o autorizou a beber de seu Espírito; mas quando ele, não satisfeito, em estar verdadeiramente no paraíso, sob tão completa luz do semblante de Deus quanto ele seria capaz; quis conhecer o bem e o mal, e satisfazer-se, junto aos alicerces racionais, quer fosse melhor para ele ser como ele era ou não; quando, menosprezando o ser dirigido como um filho, ele quis pesar cada coisa por si mesmo; e buscar evidência melhor do que a voz de seu Mestre e o selo do Espírito em seu coração: então, ele não apenas obedeceu, mas tornou-se igual àquele filho mais velho do orgulho, e estava infelizmente habilitado às visitas freqüentes, ou antes, à influência contínua dele. Já que a vida foi ligada ao seu manter o comando, e, assim sendo, àquele Espírito, que sozinho poderia formá-la, junto à vida verdadeira, habitou em seu corpo; assim, sendo sentenciado à morte por sua transgressão, ele foi liberto "dele que tem o poder da morte, que, é o diabo", cujas impressões hostis e indelicadas promovem a morte e pecado de uma só vez.
Este sendo o estado do homem, se Deus enviasse a ele o Redentor, o que deveria aquele Redentor fazer por ele? Seria suficiente para ele ser o promulgador de uma nova lei, - nos dar uma série de preceitos excelentes? Não: Se nós pudéssemos mantê-los, isto sozinho não nos tornaria felizes. Uma boa consciência traz o homem para a felicidade de ser consistente consigo mesmo; mas não aquela de ser erguido acima de si mesmo em Deus; o que toda pessoa irá encontrar, afinal, é a coisa que ela necessita. Então, ele deverá ser a fonte de uma justiça imputada, e procurar o favor mais terno de todos os seus seguidores? Isto também não é suficiente. Embora se admita que um homem possa ser reto, e isento de punição, ainda assim, se ele é realmente dominado pelas corrupções da natureza, quando dotado com esses privilégios da redenção, ele dificilmente poderá se tornar acessível; e qualquer que seja o favor que ele possa receber de Deus, aqui, ou daqui por diante, sem uma comunicação de si mesmo: não será a cura de um espírito caído, nem a felicidade de alguém reconciliado. Então, nosso Redentor não deverá ser (de acordo com o caráter que João, seu precursor, deu dele) aquele "batizado com o Espírito Santo", - a Fonte e Restaurador disto para a humanidade, por meio da qual ela é restaurada ao seu estado primeiro, e o desfrute de Deus? E isto é o argumento presumível de que "o Senhor é aquele Espírito".
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
SOBRE O ESPÍRITO SANTO - parte 1
Pregado na Igreja de St. Mary, Oxford, no Domingo de Pentecostes, 1736.
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
O Apóstolo mostrou como a ministração do Evangelho foi superior àquela da lei: O tempo agora chegou, quando tipos e traços deverão ser colocados à parte, e nós seremos convidados, para nosso dever, através dos motivos valorosos e sinceros de uma revelação clara e completa, da parte de Deus, franco e livre, e não, afinal, dissimulado por seus embaixadores. Mas o que ele principalmente insiste é, não na maneira, mas no assunto da ministração deles: "Quem nos torna ministros capazes", diz ele, "do Novo Testamento: Não da letra, mas do Espírito: Porque a letra mata, mas o Espírito dá vida". Aqui se coloca a grande diferença entre as duas dispensações: Que a lei foi, de fato, espiritual em suas reivindicações, requerendo uma vida consagrada a Deus, na observância de muitas regras; mas, não transportando assistência espiritual, seus efeitos foram apenas matar e mortificar o homem, fazendo com que ele entendesse que ele necessitaria estar em um estado de grande depravação, uma vez que ele achou difícil obedecer a Deus; e que, assim como as mortes pessoais foram, através daquela instituição infligida para os pecados pessoais, assim a morte, em geral, foi conseqüência de sua pecaminosidade universal.
Mas a ministração do Novo Testamento foi a de um "Espírito que dá vida", - um Espírito, não apenas prometido, mas verdadeiramente concedido; que tanto capacitaria cristãos agora a viverem junto a Deus, e cumprirem os preceitos, ainda mais espirituais do que o primeiro, quanto restaurá-los, daqui por diante, para a vida perfeita, depois das ruínas do pecado e morte. A encarnação, pregação, e morte de Jesus Cristo foram designadas a representar, proclamar, e nos adquirir este dom do Espírito; e, portanto, diz o Apóstolo: "O Senhor é este Espírito", ou o Espírito.
Esta descrição de Cristo foi uma persuasão apropriada para o judeu acreditar nele; e é ainda uma instrução necessária para os cristãos, para regularem suas expectativas com respeito a ele. Mas [nós] pensamos que esta época foi particularmente necessária para ficar bem assegurado o que Cristo é para nós: Quando aquela questão é tão diferentemente resolvida pelo devoto, a não ser pelos relatos fracos de alguns pretendentes à fé, de um lado, e pelos mais aparentes, mas não perfeitamente cristãos; relatos de alguns pretendentes à razão, por outro: Enquanto alguns derivam dele uma "justiça de Deus", mas, em um sentido, de certa forma, impróprio e figurativo; e outros, não mais do que um privilégio do perdão, e um sistema de moralidade: Enquanto alguns assim interpretam o Evangelho, como a estabelecer a santidade, pelo qual deverão ser salvos, através de alguma coisa divina, mas exterior a si mesmos; e outros, de maneira a colocá-la nas coisas realmente dentro de si mesmos, mas não mais do que humanas. Agora, a cura apropriada de tal confusão, de uma maneira, e de tal infidelidade, em outra, parece estar contida na doutrina do meu texto: "O Senhor é aquele Espírito".
Ao tratar de tais palavras, eu considerarei:
I. A natureza de nossa queda em Adão; pelo qual parecerá que, se "o Senhor" não fosse "aquele Espírito", não seria dito que Ele veio nos salvar ou nos redimir de nossa condição de queda.
II. Eu considerarei a pessoa de Jesus Cristo; pelo que aparecerá que "o Senhor é este Espírito".
III. Inquirirei dentro da natureza e operação do Espírito Santo, quando concedido junto aos cristãos.
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade".
(2 Coríntios 3.17)
O Apóstolo mostrou como a ministração do Evangelho foi superior àquela da lei: O tempo agora chegou, quando tipos e traços deverão ser colocados à parte, e nós seremos convidados, para nosso dever, através dos motivos valorosos e sinceros de uma revelação clara e completa, da parte de Deus, franco e livre, e não, afinal, dissimulado por seus embaixadores. Mas o que ele principalmente insiste é, não na maneira, mas no assunto da ministração deles: "Quem nos torna ministros capazes", diz ele, "do Novo Testamento: Não da letra, mas do Espírito: Porque a letra mata, mas o Espírito dá vida". Aqui se coloca a grande diferença entre as duas dispensações: Que a lei foi, de fato, espiritual em suas reivindicações, requerendo uma vida consagrada a Deus, na observância de muitas regras; mas, não transportando assistência espiritual, seus efeitos foram apenas matar e mortificar o homem, fazendo com que ele entendesse que ele necessitaria estar em um estado de grande depravação, uma vez que ele achou difícil obedecer a Deus; e que, assim como as mortes pessoais foram, através daquela instituição infligida para os pecados pessoais, assim a morte, em geral, foi conseqüência de sua pecaminosidade universal.
Mas a ministração do Novo Testamento foi a de um "Espírito que dá vida", - um Espírito, não apenas prometido, mas verdadeiramente concedido; que tanto capacitaria cristãos agora a viverem junto a Deus, e cumprirem os preceitos, ainda mais espirituais do que o primeiro, quanto restaurá-los, daqui por diante, para a vida perfeita, depois das ruínas do pecado e morte. A encarnação, pregação, e morte de Jesus Cristo foram designadas a representar, proclamar, e nos adquirir este dom do Espírito; e, portanto, diz o Apóstolo: "O Senhor é este Espírito", ou o Espírito.
Esta descrição de Cristo foi uma persuasão apropriada para o judeu acreditar nele; e é ainda uma instrução necessária para os cristãos, para regularem suas expectativas com respeito a ele. Mas [nós] pensamos que esta época foi particularmente necessária para ficar bem assegurado o que Cristo é para nós: Quando aquela questão é tão diferentemente resolvida pelo devoto, a não ser pelos relatos fracos de alguns pretendentes à fé, de um lado, e pelos mais aparentes, mas não perfeitamente cristãos; relatos de alguns pretendentes à razão, por outro: Enquanto alguns derivam dele uma "justiça de Deus", mas, em um sentido, de certa forma, impróprio e figurativo; e outros, não mais do que um privilégio do perdão, e um sistema de moralidade: Enquanto alguns assim interpretam o Evangelho, como a estabelecer a santidade, pelo qual deverão ser salvos, através de alguma coisa divina, mas exterior a si mesmos; e outros, de maneira a colocá-la nas coisas realmente dentro de si mesmos, mas não mais do que humanas. Agora, a cura apropriada de tal confusão, de uma maneira, e de tal infidelidade, em outra, parece estar contida na doutrina do meu texto: "O Senhor é aquele Espírito".
Ao tratar de tais palavras, eu considerarei:
I. A natureza de nossa queda em Adão; pelo qual parecerá que, se "o Senhor" não fosse "aquele Espírito", não seria dito que Ele veio nos salvar ou nos redimir de nossa condição de queda.
II. Eu considerarei a pessoa de Jesus Cristo; pelo que aparecerá que "o Senhor é este Espírito".
III. Inquirirei dentro da natureza e operação do Espírito Santo, quando concedido junto aos cristãos.
Sermão de John Wesley
Que Deus nos abençoe,
Pr. Thiago Pacheco
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
A Prayer
AWESOME CREATOR God,
you made springs of water
cascade between the mountains
and rush to flood my heart with re-creation and gladness.
I lift up my voice
and sing praises to my Maker
from whom all blessings flow.
Amen.
- Nell E. Noonan
Not Alone: Encouragement for Caregivers
From p. 125 of Not Alone: Encouragement for Caregivers by Nell E. Noonan. Copyright © 2009 by the author. All Rights Reserved. Used with permission of Upper Room Books. http://www.upperroom.org/bookstore/. Learn more about or purchase this book.
you made springs of water
cascade between the mountains
and rush to flood my heart with re-creation and gladness.
I lift up my voice
and sing praises to my Maker
from whom all blessings flow.
Amen.
- Nell E. Noonan
Not Alone: Encouragement for Caregivers
From p. 125 of Not Alone: Encouragement for Caregivers by Nell E. Noonan. Copyright © 2009 by the author. All Rights Reserved. Used with permission of Upper Room Books. http://www.upperroom.org/bookstore/. Learn more about or purchase this book.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Deus é o nosso Castelo Forte
Deus é o nosso Castelo Forte
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” (Salmos 46.1)
Sempre que comemoramos a Reforma Protestante, respiramos um pouco daqueles tempos. Lembramos-nos dos castelos, que representavam o poder e, especialmente, forneciam segurança aos que nele moravam e se refugiavam. Essa figura foi tomada por Martinho Lutero para expressar toda a riqueza e confiança em Deus ao compor o hino Castelo Forte, baseado no Salmo 46.
O salmista inicia seu cântico celebrando o nome de Deus pelo que Ele é e, pelo seu refúgio, fortaleza e socorro para com aqueles que nele confiam. Deus é assim, misericordioso e todo-poderoso. Certamente já enfrentamos momentos de grande tribulação e angústia, de sofrimentos e dores, mas, mesmo que todas as coisas se abalem a nossa volta: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”.
As palavras finais do Salmo repetem o versículo 7: “O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”. Lutero comenta essas palavras, dizendo: “Tenham bom ânimo, pois o Deus de Jacó é a nossa defesa; os inimigos não nos podem subjugar. Ele mesmo quer habitar dentro de nós, e aquele que está conosco é maior do que aquele que está no mundo. Se Deus é por nós, quem será contra nós.” Deus é o nosso Castelo Forte!
Somos tentados a confiar nas promessas das pessoas, que querem nos fazer crer que têm o poder de dominar sobre todas as adversidades da vida, determinar quando e como as coisas irão acontecer. É nesse mundo que vivemos. Moderno, mas, nesse aspecto, em nada diferente do mundo da época de Lutero.
Deus se manifestou como nosso refúgio, fortaleza, socorro bem presente, de forma material, palpável e concreta na pessoa de Jesus. Nele, o refúgio, fortaleza, socorro se fizeram carne! Em Jesus, Deus se tornou o nosso Castelo Forte, onde nos acolhe em tempos difíceis, dando-nos consolo, segurança e paz.
Que Deus nos abençoe e nos conceda sua segurança e paz.
Abraços,
Pr. Thiago Pacheco
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” (Salmos 46.1)
Sempre que comemoramos a Reforma Protestante, respiramos um pouco daqueles tempos. Lembramos-nos dos castelos, que representavam o poder e, especialmente, forneciam segurança aos que nele moravam e se refugiavam. Essa figura foi tomada por Martinho Lutero para expressar toda a riqueza e confiança em Deus ao compor o hino Castelo Forte, baseado no Salmo 46.
O salmista inicia seu cântico celebrando o nome de Deus pelo que Ele é e, pelo seu refúgio, fortaleza e socorro para com aqueles que nele confiam. Deus é assim, misericordioso e todo-poderoso. Certamente já enfrentamos momentos de grande tribulação e angústia, de sofrimentos e dores, mas, mesmo que todas as coisas se abalem a nossa volta: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”.
As palavras finais do Salmo repetem o versículo 7: “O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio”. Lutero comenta essas palavras, dizendo: “Tenham bom ânimo, pois o Deus de Jacó é a nossa defesa; os inimigos não nos podem subjugar. Ele mesmo quer habitar dentro de nós, e aquele que está conosco é maior do que aquele que está no mundo. Se Deus é por nós, quem será contra nós.” Deus é o nosso Castelo Forte!
Somos tentados a confiar nas promessas das pessoas, que querem nos fazer crer que têm o poder de dominar sobre todas as adversidades da vida, determinar quando e como as coisas irão acontecer. É nesse mundo que vivemos. Moderno, mas, nesse aspecto, em nada diferente do mundo da época de Lutero.
Deus se manifestou como nosso refúgio, fortaleza, socorro bem presente, de forma material, palpável e concreta na pessoa de Jesus. Nele, o refúgio, fortaleza, socorro se fizeram carne! Em Jesus, Deus se tornou o nosso Castelo Forte, onde nos acolhe em tempos difíceis, dando-nos consolo, segurança e paz.
Que Deus nos abençoe e nos conceda sua segurança e paz.
Abraços,
Pr. Thiago Pacheco
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
O Medo
Você tem medo? Você se sente sozinho/a? Você se sente perdido/a? Você se sente fraco/a ou incapaz? Você gostaria que o dia tivesse mais horas para poder assumir mais compromissos? Você é ansioso/a?
O medo corrói nossos sonhos e relações. A solidão é uma marca atual. Mesmo em meio a tantas pessoas, por vezes nos sentimos sozinhos. Nossas relações superficiais dificultam o desabrochar de amizades verdadeiras. A ansiedade nos adoece e sufoca.
Se você respondeu sim a alguma das perguntas acima, há uma boa notícia para você! “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
Em Jesus, Deus se fez um de nós. A boa notícia anunciada pelos profetas, enfim se cumpriu. Deus concretizou seu projeto de resgatar a humanidade, de restaurar a comunhão entre a criação e o Criador, tornando-se EMANUEL: o Deus que está conosco.
Na Bíblia, a palavra paz - shalom - é muito mais do que ausência de guerra: é uma relação íntegra e perfeita de comunhão. É todo esforço divino para formar e promover a vida saudável e harmônica entre os seres humanos; enfim, toda a criação. Ele viria definitivamente trazer a paz, isto é, a vida boa, plena, abundante e prazerosa para todos os seres criados.
Experimente a paz que Jesus nos dá, que vai além do nosso entendimento, mesmo em meio às dificuldades. Que a certeza da presença do Deus forte traga libertação de todo medo e angústia. Que o amor de Deus preencha eternamente seu coração, contribuindo na construção de amizades sólidas e verdadeiras.
Um abraço,
Pra. Miriam Pacheco Loureiro Reis
Obrigado Pra. Miriam pela contribuição.
O medo corrói nossos sonhos e relações. A solidão é uma marca atual. Mesmo em meio a tantas pessoas, por vezes nos sentimos sozinhos. Nossas relações superficiais dificultam o desabrochar de amizades verdadeiras. A ansiedade nos adoece e sufoca.
Se você respondeu sim a alguma das perguntas acima, há uma boa notícia para você! “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
Em Jesus, Deus se fez um de nós. A boa notícia anunciada pelos profetas, enfim se cumpriu. Deus concretizou seu projeto de resgatar a humanidade, de restaurar a comunhão entre a criação e o Criador, tornando-se EMANUEL: o Deus que está conosco.
Na Bíblia, a palavra paz - shalom - é muito mais do que ausência de guerra: é uma relação íntegra e perfeita de comunhão. É todo esforço divino para formar e promover a vida saudável e harmônica entre os seres humanos; enfim, toda a criação. Ele viria definitivamente trazer a paz, isto é, a vida boa, plena, abundante e prazerosa para todos os seres criados.
Experimente a paz que Jesus nos dá, que vai além do nosso entendimento, mesmo em meio às dificuldades. Que a certeza da presença do Deus forte traga libertação de todo medo e angústia. Que o amor de Deus preencha eternamente seu coração, contribuindo na construção de amizades sólidas e verdadeiras.
Um abraço,
Pra. Miriam Pacheco Loureiro Reis
Obrigado Pra. Miriam pela contribuição.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Coisas sobre o falar e o ouvir
“O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos.” Isaías 50.4
O profeta Isaías é muito atual e propício para os tempos de hoje. Numa sociedade comunicativa falar e ouvir é essencial. Como dizemos: “Quem não se comunica, se trumbica”. Seja pela linguagem verbal ou não, a comunicação é fundamental para a sobrevivência e o bom convívio mútuo. Todavia, não basta falar e ouvir, não basta assumirmos e transitarmos entre os papéis de emissor e receptor; precisamos “combinar” as estratégias para que tudo dê certo.
O profeta Isaias nos traz uma revelação muito interessante: “O Senhor Deus me deu língua de eruditos (...) desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos”.
Segundo um dicionário da língua portuguesa: erudito é aquele que tem profundos e vastos conhecimentos; uma pessoa muito sabedora; uma enciclopedista. É desta forma que o profeta se identifica, como alguém que recebeu, do Senhor Deus, a característica de falar e ouvir de forma profunda e vasta.
Nós devemos ser assim! Devemos defender, como bons despenseiros da graça de Deus, que a pessoa que é acolhida pela graça de Deus e pela salvação em Cristo Jesus é desafiada a ser uma pessoa culta. Logo, nós devemos ser agentes de promoção da educação, profunda e vasta! Devemos defender o acesso à educação à todas as pessoas; não só acesso à educação básica, mas, também, em níveis superiores. Henry Ford disse: “Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele.”. Esta frase retrata uma realidade, mas deve ser encarada por nós como um desafio, que à luz da Bíblia, nos inspira a sempre galgar a erudição sadia e promotora de vida, pois esta, vem do Senhor Deus.
Nosso país é deficiente na área da educação. Somos o país com o maior número de analfabetos da América Latina. Uma pequena parcela da população tem formação universitária. O que estamos fazendo? Qual a perspectiva de futuro dos nossos adolescentes?
A nossa sociedade conta com nossa língua e ouvido profético! Precisamos denunciar as situações de calamidade pública em que estão nossas escolas, públicas e privadas. Precisamos anunciar que a salvação de Deus é integral e que nossa sociedade, assim como nossa juventude, só terá um futuro melhor e promissor mediante o acesso à educação de qualidade. Isso também é missão e propagação do Reino de Deus!
Que o Senhor da Vida nos inspire e motive a termos ouvidos e línguas atentas ao clamor dos nossos irmãos e irmãs brasileiras, bem como, à perspectiva integral de salvação.
Um abraço,
Pr. Thiago Pacheco
O profeta Isaías é muito atual e propício para os tempos de hoje. Numa sociedade comunicativa falar e ouvir é essencial. Como dizemos: “Quem não se comunica, se trumbica”. Seja pela linguagem verbal ou não, a comunicação é fundamental para a sobrevivência e o bom convívio mútuo. Todavia, não basta falar e ouvir, não basta assumirmos e transitarmos entre os papéis de emissor e receptor; precisamos “combinar” as estratégias para que tudo dê certo.
O profeta Isaias nos traz uma revelação muito interessante: “O Senhor Deus me deu língua de eruditos (...) desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos”.
Segundo um dicionário da língua portuguesa: erudito é aquele que tem profundos e vastos conhecimentos; uma pessoa muito sabedora; uma enciclopedista. É desta forma que o profeta se identifica, como alguém que recebeu, do Senhor Deus, a característica de falar e ouvir de forma profunda e vasta.
Nós devemos ser assim! Devemos defender, como bons despenseiros da graça de Deus, que a pessoa que é acolhida pela graça de Deus e pela salvação em Cristo Jesus é desafiada a ser uma pessoa culta. Logo, nós devemos ser agentes de promoção da educação, profunda e vasta! Devemos defender o acesso à educação à todas as pessoas; não só acesso à educação básica, mas, também, em níveis superiores. Henry Ford disse: “Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele.”. Esta frase retrata uma realidade, mas deve ser encarada por nós como um desafio, que à luz da Bíblia, nos inspira a sempre galgar a erudição sadia e promotora de vida, pois esta, vem do Senhor Deus.
Nosso país é deficiente na área da educação. Somos o país com o maior número de analfabetos da América Latina. Uma pequena parcela da população tem formação universitária. O que estamos fazendo? Qual a perspectiva de futuro dos nossos adolescentes?
A nossa sociedade conta com nossa língua e ouvido profético! Precisamos denunciar as situações de calamidade pública em que estão nossas escolas, públicas e privadas. Precisamos anunciar que a salvação de Deus é integral e que nossa sociedade, assim como nossa juventude, só terá um futuro melhor e promissor mediante o acesso à educação de qualidade. Isso também é missão e propagação do Reino de Deus!
Que o Senhor da Vida nos inspire e motive a termos ouvidos e línguas atentas ao clamor dos nossos irmãos e irmãs brasileiras, bem como, à perspectiva integral de salvação.
Um abraço,
Pr. Thiago Pacheco
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Um ministério. Uma palavra.
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” 2 Coríntios 5.18-19
Somos chamados e chamadas a re-pensar, re-analisar, e re-afirmar nosso compromisso missionário para com o Reino de Deus, através da renovação de nosso Pacto Missionário.
O apóstolo Paulo descreveu um dos grandes privilégios que temos, como filhos e filhas de Deus, em sua segunda carta aos coríntios. Deus nos deu um ministério e uma palavra específica, a reconciliação. Esse mistério, relatado nos versos 18 e 19, é revelado pelo sacrifício único e suficiente de Jesus Cristo, na cruz do calvário, por cada um de nós; pois, foi nesse sacrifício que Deus resgatou, de uma só vez, toda a humanidade e re-estabeleceu a plena comunhão com toda pessoa humana, bem como, com toda a criação.
A nós, foi dado um ministério, um serviço: Proclamar às pessoas que há esperança! Essa esperança que não tarda, nem falha, é garantida pelo sangue de Cristo, que nos redime de toda transgressão e nos assegura a vida eterna com Deus. Foi nos dado, também, uma palavra, uma ordenança: Já não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.
Muito mais que recitar palavras e frases de um compromisso. Muito mais que assumir uma pacto que podemos ou não levar a sério. Somos desafiados a, pela fé, nos comprometer com o Reino de Deus. Hoje é o dia em que devemos nos comprometer a ser testemunhas fiéis daquilo que Deus é, e tem feito por nós. Somos desafiados a fazer discípulos e discípulas de Jesus, e mostrar-lhes que o Reino de Deus já está entre nós!
Um ministério. Uma palavra. Reconciliação! Que Deus renove em você a fé, a força e o desejo de fazer com que as pessoas conheçam a verdade, e, por ela, sejam libertas.
Que o Senhor da vida seja contigo!
Um abraço,
Pr. Thiago Pacheco
Somos chamados e chamadas a re-pensar, re-analisar, e re-afirmar nosso compromisso missionário para com o Reino de Deus, através da renovação de nosso Pacto Missionário.
O apóstolo Paulo descreveu um dos grandes privilégios que temos, como filhos e filhas de Deus, em sua segunda carta aos coríntios. Deus nos deu um ministério e uma palavra específica, a reconciliação. Esse mistério, relatado nos versos 18 e 19, é revelado pelo sacrifício único e suficiente de Jesus Cristo, na cruz do calvário, por cada um de nós; pois, foi nesse sacrifício que Deus resgatou, de uma só vez, toda a humanidade e re-estabeleceu a plena comunhão com toda pessoa humana, bem como, com toda a criação.
A nós, foi dado um ministério, um serviço: Proclamar às pessoas que há esperança! Essa esperança que não tarda, nem falha, é garantida pelo sangue de Cristo, que nos redime de toda transgressão e nos assegura a vida eterna com Deus. Foi nos dado, também, uma palavra, uma ordenança: Já não há condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.
Muito mais que recitar palavras e frases de um compromisso. Muito mais que assumir uma pacto que podemos ou não levar a sério. Somos desafiados a, pela fé, nos comprometer com o Reino de Deus. Hoje é o dia em que devemos nos comprometer a ser testemunhas fiéis daquilo que Deus é, e tem feito por nós. Somos desafiados a fazer discípulos e discípulas de Jesus, e mostrar-lhes que o Reino de Deus já está entre nós!
Um ministério. Uma palavra. Reconciliação! Que Deus renove em você a fé, a força e o desejo de fazer com que as pessoas conheçam a verdade, e, por ela, sejam libertas.
Que o Senhor da vida seja contigo!
Um abraço,
Pr. Thiago Pacheco
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
É tempo de compartilhar
Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. João 6.54
O texto do evangelista João é desafiador para nós. Isso se dá em razão de que o texto precisa ser compreendido à luz da importância da comensalidade para os judeus. Comer e beber era algo sério! Todavia, Jesus não estava falando, literalmente, sobre práticas antropofágicas. Jesus estava, certamente, tomando de elementos concretos do cotidiano do povo, de todos os seus elementos significativos, e apresentando uma das verdades do Reino de Deus.
A ressurreição e a vida eterna estão diretamente relacionadas ao comer e beber, a carne e o sangue de Cristo. Uma relação simples, porém, complexa. Esse antagonismo se dá em razão de que o corpo e o sangue de Cristo são elementos transformadores da condição humana, à medida que promovem uma mudança radical – metanóia - em nossa condição pecaminosa.
O sacrifício de Cristo, o sofrimento, as chagas, o mal carregado em seu corpo; bem como o preço pago, por toda humanidade, por seu sangue, são o elemento simples que nos é apresentado pelo evangelista. A complexidade se dá pelo fato de termos que comer e beber Seu corpo e sangue, ou seja, nos autosustentar da verdade do Reino de Deus: É através de Jesus Cristo que obtemos a vida eterna e a certeza da ressurreição!
Parece simples para nós, num primeiro momento, todavia, refletir essa verdade requer de nós o esforço de entender, reconhecer e promulgá-la a toda a humanidade. Para isso, precisamos deixar nossa independência e autosuficiência, nossa arrogância intelectual e espiritual, nosso sentimento de posse do sagrado, para adentrarmos no conceito soteriológico do Reino de Deus: Salvação é para todos e todas!
À medida em que deixamos nossa posição de juízes, em que renunciamos ao sentimento de superioridade e nos colocamos sob a ação transformadora do Espírito da Vida em nós, começamos a comer e beber do corpo e sangue de Jesus, pois percebemos nosso próximo como alvo inerente da graça e salvação de Deus. Não somos os únicos a sermos agraciados pela dádiva celestial. Somos, certamente, chamados e chamadas a manifestar, como instrumentos de Deus, o Reino dos Céus, que já está entre nós.
O projeto de vida eterna e ressurreição apresentado por Jesus, e relatado pelo evangelista João, tratam do cotidiano da vida humana, de elementos simples, o comer e o beber. É um projeto que visa reestruturar o ser humano sob a ação perdoadora do sangue de Cristo, à luz da libertação promovida pelo corpo de Cristo.
Que em tempos de reafirmação de nosso compromisso missionário, o Senhor da Vida nos ajude a entender que ao recebermos do banquete oferecido por Jesus, devemos, também, oferecê-lo às pessoas ao nosso redor.
Que Deus nos abençoe.
O texto do evangelista João é desafiador para nós. Isso se dá em razão de que o texto precisa ser compreendido à luz da importância da comensalidade para os judeus. Comer e beber era algo sério! Todavia, Jesus não estava falando, literalmente, sobre práticas antropofágicas. Jesus estava, certamente, tomando de elementos concretos do cotidiano do povo, de todos os seus elementos significativos, e apresentando uma das verdades do Reino de Deus.
A ressurreição e a vida eterna estão diretamente relacionadas ao comer e beber, a carne e o sangue de Cristo. Uma relação simples, porém, complexa. Esse antagonismo se dá em razão de que o corpo e o sangue de Cristo são elementos transformadores da condição humana, à medida que promovem uma mudança radical – metanóia - em nossa condição pecaminosa.
O sacrifício de Cristo, o sofrimento, as chagas, o mal carregado em seu corpo; bem como o preço pago, por toda humanidade, por seu sangue, são o elemento simples que nos é apresentado pelo evangelista. A complexidade se dá pelo fato de termos que comer e beber Seu corpo e sangue, ou seja, nos autosustentar da verdade do Reino de Deus: É através de Jesus Cristo que obtemos a vida eterna e a certeza da ressurreição!
Parece simples para nós, num primeiro momento, todavia, refletir essa verdade requer de nós o esforço de entender, reconhecer e promulgá-la a toda a humanidade. Para isso, precisamos deixar nossa independência e autosuficiência, nossa arrogância intelectual e espiritual, nosso sentimento de posse do sagrado, para adentrarmos no conceito soteriológico do Reino de Deus: Salvação é para todos e todas!
À medida em que deixamos nossa posição de juízes, em que renunciamos ao sentimento de superioridade e nos colocamos sob a ação transformadora do Espírito da Vida em nós, começamos a comer e beber do corpo e sangue de Jesus, pois percebemos nosso próximo como alvo inerente da graça e salvação de Deus. Não somos os únicos a sermos agraciados pela dádiva celestial. Somos, certamente, chamados e chamadas a manifestar, como instrumentos de Deus, o Reino dos Céus, que já está entre nós.
O projeto de vida eterna e ressurreição apresentado por Jesus, e relatado pelo evangelista João, tratam do cotidiano da vida humana, de elementos simples, o comer e o beber. É um projeto que visa reestruturar o ser humano sob a ação perdoadora do sangue de Cristo, à luz da libertação promovida pelo corpo de Cristo.
Que em tempos de reafirmação de nosso compromisso missionário, o Senhor da Vida nos ajude a entender que ao recebermos do banquete oferecido por Jesus, devemos, também, oferecê-lo às pessoas ao nosso redor.
Que Deus nos abençoe.
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quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Deus é o nosso refúgio e fortaleza.
O primeiro versículo do Salmo 46 é muito conhecido, citado e recitado mundo a fora. Cristãos dos mais diversos cantos do planeta, o mencionam como expressão de fé e certeza de que Deus está no controle das mais diversas situações que vivem e fará, inevitavelmente, o melhor.
Sem dúvida, ao escrever essa poesia, o autor do Salmo 46 lembrou-se de que o Deus, que governa todas as coisas, é que poderia lhe abrigar de todo perigo e falsidade. O verbo hebraico machaceh, da raiz chacar, denota que aqueles que o usam são os mesmos que colocam sua confiança em Deus e esperam nele; pois sabem que buscando em Deus a proteção estarão abrigados de todos os males.
O salmista conhecia Deus e sabia que seu poder e força eram a essência para que a manifestação geradora de vida e alegria, na vida pessoal, social, política e material, se tornasse realidade. Ele podia descansar, visto que Deus é que o fazia forte, o fazia prevalecer e o tornava firme (com referência ao verbo hebraico ‘azar).
Deus é o nosso refúgio e fortaleza! Mas, é, também, nossa assistência e ajuda, aquele que nos apóia nos momentos de dificuldades e aflições. O verbo hebraico tsarah nos ajuda a lembrar que quando somos importunados, oprimidos ou “apertados”, é o Senhor, que domina todas as coisas quem nos assiste e socorre. Seu auxílio é constante – “bem presente”.
Que nosso ânimo possa ser revigorado pela ação de Deus em nós, pela certeza de que Ele é o nosso refúgio e fortaleza constante, nosso apoio e assistência nos mais diversos momentos de dificuldades que vivemos.
Que Deus nos abençoe.
Sem dúvida, ao escrever essa poesia, o autor do Salmo 46 lembrou-se de que o Deus, que governa todas as coisas, é que poderia lhe abrigar de todo perigo e falsidade. O verbo hebraico machaceh, da raiz chacar, denota que aqueles que o usam são os mesmos que colocam sua confiança em Deus e esperam nele; pois sabem que buscando em Deus a proteção estarão abrigados de todos os males.
O salmista conhecia Deus e sabia que seu poder e força eram a essência para que a manifestação geradora de vida e alegria, na vida pessoal, social, política e material, se tornasse realidade. Ele podia descansar, visto que Deus é que o fazia forte, o fazia prevalecer e o tornava firme (com referência ao verbo hebraico ‘azar).
Deus é o nosso refúgio e fortaleza! Mas, é, também, nossa assistência e ajuda, aquele que nos apóia nos momentos de dificuldades e aflições. O verbo hebraico tsarah nos ajuda a lembrar que quando somos importunados, oprimidos ou “apertados”, é o Senhor, que domina todas as coisas quem nos assiste e socorre. Seu auxílio é constante – “bem presente”.
Que nosso ânimo possa ser revigorado pela ação de Deus em nós, pela certeza de que Ele é o nosso refúgio e fortaleza constante, nosso apoio e assistência nos mais diversos momentos de dificuldades que vivemos.
Que Deus nos abençoe.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
A indumentária da moda
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
Mateus 23.25
Minha inspiração para este artigo foi a constatação de que hoje nós chegamos ao mais baixo nível de qualidade dos pregadores/as cristãos. Pessoas que não têm a mínima noção das Escrituras Sagradas tomam conta dos nossos púlpitos, das televisões de nossas casas, das ondas radiofônicas e impõe uma moda de pregação, na qual se percebe muitos gritos, muito apelo emocional, muitos erros gravíssimos de português, e pouca, ou melhor, pouquíssima qualidade dos sermões. Ah! Não posso deixar de mencionar as inúmeras, incontáveis repetições dos mesmo jargões, tão conhecidos por todos nós que temos um pouquinho mais de tempo na igreja.
Estou farto e cansado de ouvir tantas afirmações sobre as Sagradas Escrituras que não estão escritas nelas. Vocês já ouviram sermões baseados num determinado texto bíblico que não se relacionam em absolutamente nada com o texto bíblico lido? Se já, bem vindo ao time daqueles e daquelas que prestam atenção na leitura e explanação da Palavra de Deus e que, criticamente, consideram as afirmações que são impostas como verdades absolutas.
Recordo-me, com saudade, da afirmação de um homem de Deus que ao ser nomeado para a reitoria de uma renomada universidade, recusou o título de “magnífico reitor”, pois segundo ele: “Magnífico, somente o meu Jesus”. Sei que ele não desprezava o título, nem mesmo a posição alcançada, afinal, como disse Rui Barbosa: “Humildade sim. Falsa modéstia, não!”
Todavia, muitos dos pregadores e pregadoras da moda reclamam para si a uma posição de intimidade com Deus e relacionamento com o Criador dos céus e da terra que, segundo eles, pode ser alcançada pela mediação deles e delas. Questiono-me: Não foi contra isso que a Reforma Protestante lutou? O que aconteceu com o Sacerdócio Universal de todos os crentes?
Jesus, advertindo os escribas e fariseus, criticou-os em razão deles manterem o exterior exemplar, mas o interior em constante processo de deterioração. Aqueles que deveriam ser o “exemplo dos fiéis” eram os primeiros a deturpar os princípios do Evangelho e do Reino de Deus.
Pergunto-me: O que será da Igreja de Cristo nos próximos anos? Infelizmente eu não sei! Uma coisa eu sei, se for para seguir essa moda: Eu estou fora! Prefiro entregar minhas credenciais e abandonar o ministério pastoral a me amoldar à moda e pregar palavras de persuasão humana, acrescidas de gritos, berros, e apelos emocionais.
A indumentária da moda parece boa aos olhos, assim como os pratos preparados pelos escribas e fariseus. Contudo, são, internamente, podres. Que Deus nos livre da indumentária da moda e ouça o clamor do Seu povo, que chama pelo Seu nome: Aviva Senhor a Tua obra no meio dos anos! Sara os nossos púlpitos!
Abraços, Pr. Thiago Pacheco
Mateus 23.25
Minha inspiração para este artigo foi a constatação de que hoje nós chegamos ao mais baixo nível de qualidade dos pregadores/as cristãos. Pessoas que não têm a mínima noção das Escrituras Sagradas tomam conta dos nossos púlpitos, das televisões de nossas casas, das ondas radiofônicas e impõe uma moda de pregação, na qual se percebe muitos gritos, muito apelo emocional, muitos erros gravíssimos de português, e pouca, ou melhor, pouquíssima qualidade dos sermões. Ah! Não posso deixar de mencionar as inúmeras, incontáveis repetições dos mesmo jargões, tão conhecidos por todos nós que temos um pouquinho mais de tempo na igreja.
Estou farto e cansado de ouvir tantas afirmações sobre as Sagradas Escrituras que não estão escritas nelas. Vocês já ouviram sermões baseados num determinado texto bíblico que não se relacionam em absolutamente nada com o texto bíblico lido? Se já, bem vindo ao time daqueles e daquelas que prestam atenção na leitura e explanação da Palavra de Deus e que, criticamente, consideram as afirmações que são impostas como verdades absolutas.
Recordo-me, com saudade, da afirmação de um homem de Deus que ao ser nomeado para a reitoria de uma renomada universidade, recusou o título de “magnífico reitor”, pois segundo ele: “Magnífico, somente o meu Jesus”. Sei que ele não desprezava o título, nem mesmo a posição alcançada, afinal, como disse Rui Barbosa: “Humildade sim. Falsa modéstia, não!”
Todavia, muitos dos pregadores e pregadoras da moda reclamam para si a uma posição de intimidade com Deus e relacionamento com o Criador dos céus e da terra que, segundo eles, pode ser alcançada pela mediação deles e delas. Questiono-me: Não foi contra isso que a Reforma Protestante lutou? O que aconteceu com o Sacerdócio Universal de todos os crentes?
Jesus, advertindo os escribas e fariseus, criticou-os em razão deles manterem o exterior exemplar, mas o interior em constante processo de deterioração. Aqueles que deveriam ser o “exemplo dos fiéis” eram os primeiros a deturpar os princípios do Evangelho e do Reino de Deus.
Pergunto-me: O que será da Igreja de Cristo nos próximos anos? Infelizmente eu não sei! Uma coisa eu sei, se for para seguir essa moda: Eu estou fora! Prefiro entregar minhas credenciais e abandonar o ministério pastoral a me amoldar à moda e pregar palavras de persuasão humana, acrescidas de gritos, berros, e apelos emocionais.
A indumentária da moda parece boa aos olhos, assim como os pratos preparados pelos escribas e fariseus. Contudo, são, internamente, podres. Que Deus nos livre da indumentária da moda e ouça o clamor do Seu povo, que chama pelo Seu nome: Aviva Senhor a Tua obra no meio dos anos! Sara os nossos púlpitos!
Abraços, Pr. Thiago Pacheco
terça-feira, 14 de julho de 2009
Ainda ontem
Meus avós Eliseo e Terezinha são um exemplo do amor verdadeiro que venceu inúmeros obstáculos para se concretizar. Eles viveram juntos por 51 anos. Meu avô tinha prazer em contar a história deles e começou a escrever um livro. No dia 16/05/09 meu avô, Eliseo Loureiro, foi promovido para o lar celestial. Num dia desses, antes de dormir, pensando no sofrimento de minha avó, crendo na força que vem de Deus para superarmos esse momento, compus essa música.
AINDA ONTEM
Ainda ontem tu estavas comigo
Ouvi tua voz, beijei o teu rosto
Deitei no teu colo, me deste um afago
Te dei um sorriso, me olhou com ternura
Lembramos histórias dos tempos de outrora
O primeiro encontro, as cartas de amor
Agora, saudades...
A casa vazia...
Ferida aberta, será que vai curar?
Nós fomos felizes e isso me conforta
Mas como vou viver sem você comigo?
Manhã de domingo... te espero arrumada
Mas você não está ali pra me acompanhar
As cores sumiram da minha aquarela
As notas fugiram do meu violão
Está tão difícil acordar e não te ver
Oh Deus, me dê forças pra sobreviver
Me sinto sozinha, triste e prestes a esmoecer
Me acode com teu carinho, tua doce voz
Me ajude a enfrentar o medo que me assombra
Caminha comigo, guiando os meus passos
Levanta meus olhos, segura minhas mãos
Só Tu és meu amparo nessa escuridão.
Essa é a esperança que temos, que Deus nos fortalece e nos sustenta nesses momentos tão difíceis, crendo que um dia nos encontraremos novamente. Um beijo, Miriam
AINDA ONTEM
Ainda ontem tu estavas comigo
Ouvi tua voz, beijei o teu rosto
Deitei no teu colo, me deste um afago
Te dei um sorriso, me olhou com ternura
Lembramos histórias dos tempos de outrora
O primeiro encontro, as cartas de amor
Agora, saudades...
A casa vazia...
Ferida aberta, será que vai curar?
Nós fomos felizes e isso me conforta
Mas como vou viver sem você comigo?
Manhã de domingo... te espero arrumada
Mas você não está ali pra me acompanhar
As cores sumiram da minha aquarela
As notas fugiram do meu violão
Está tão difícil acordar e não te ver
Oh Deus, me dê forças pra sobreviver
Me sinto sozinha, triste e prestes a esmoecer
Me acode com teu carinho, tua doce voz
Me ajude a enfrentar o medo que me assombra
Caminha comigo, guiando os meus passos
Levanta meus olhos, segura minhas mãos
Só Tu és meu amparo nessa escuridão.
Essa é a esperança que temos, que Deus nos fortalece e nos sustenta nesses momentos tão difíceis, crendo que um dia nos encontraremos novamente. Um beijo, Miriam
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Serviço de utilidade pública
Amigos/as,
essa não é uma postagem reflexiva, mas uma sugestão e conselho.
Ao realizar qualquer financiamento evitem fazê-lo com a BV Financeira.
Procurem outras financeiras.
Abraços,
essa não é uma postagem reflexiva, mas uma sugestão e conselho.
Ao realizar qualquer financiamento evitem fazê-lo com a BV Financeira.
Procurem outras financeiras.
Abraços,
sábado, 11 de julho de 2009
Vida – um presente cotidiano
“No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos.” Apocalipse 22.2
Atualmente, a palvra “cotidiano” recebe várias interpretações pejorativas, como: algo rotineiro; inerte; entediante. Todavia, a palavra também tranmite uma percepção de algo que se revela no dia-a-dia, que constantemete se manifesta e renova.
O texto bíblico de Apocalipse 22.2 nos traz essa percepção. A vida é uma dádiva que brota freqüentemente e que produz cura aos povos. Essa cura é exposta nas vertentes de reestabelecimento da saúde, mas também, no serviço prestado a alguém. Essa vida é um estado no qual o indivíduo está cheio, repleto de vitalidade, plenamente ativo; a vida que devota de Deus.
A vida, como presente do cotidiano, não é algo que vem do dia-a-dia, que se repete enfadonhamente, é, todavia, a expressão do cuidado diário de Deus. A renovação da plena vitalidade que nos enche e nos ativa corpo, alma e espírito (como já disse, não faço aqui uma tricotomia, mas uma distinção pedagógica) para desfrutar de tudo o que Deus nos dá para sermos felizes, alegres, completos. É essa renovação diária e vivificante que nos cura e restaura em nós a saúde emocional, psicológica, existencial e física.
Vale lembrar, que essa cura é ampla e nos impele a servir às pessoas ao nosso redor. A cura de Deus em nós nunca é intimista, mas, um dínamus que nos impele a servir ao nosso próximo, auxiliando-o em suas necessidades, como co-autores da vida manifesta de Deus.
A árvore da vida é de margem a margem do rio. O relato de João nos ajuda a perceber a magnitude da vida que nos alcança e nos ativa a aproveitar os momentos maravilhosos que Deus nos dá. Somos chamados/as a viver com toda a intensidade e alegria o cotidiano da vida que Deus nos dá, manifesta em nós e através de nós. O fruto contante e as folhas da árvore expressam o ideal de Deus - nos vivificar, assim como toda a humanidade, num processo mútuo de restauração da saúde holística e do cuidado universal.
Que essa experiência diária, cotidiana, vivifique em nós a alegria da vida e da salvação, e, também, nos motive a fazer o bem às pessoas, a tempo e fora de tempo.
Abraços,
Pr. Thiago Pacheco
Atualmente, a palvra “cotidiano” recebe várias interpretações pejorativas, como: algo rotineiro; inerte; entediante. Todavia, a palavra também tranmite uma percepção de algo que se revela no dia-a-dia, que constantemete se manifesta e renova.
O texto bíblico de Apocalipse 22.2 nos traz essa percepção. A vida é uma dádiva que brota freqüentemente e que produz cura aos povos. Essa cura é exposta nas vertentes de reestabelecimento da saúde, mas também, no serviço prestado a alguém. Essa vida é um estado no qual o indivíduo está cheio, repleto de vitalidade, plenamente ativo; a vida que devota de Deus.
A vida, como presente do cotidiano, não é algo que vem do dia-a-dia, que se repete enfadonhamente, é, todavia, a expressão do cuidado diário de Deus. A renovação da plena vitalidade que nos enche e nos ativa corpo, alma e espírito (como já disse, não faço aqui uma tricotomia, mas uma distinção pedagógica) para desfrutar de tudo o que Deus nos dá para sermos felizes, alegres, completos. É essa renovação diária e vivificante que nos cura e restaura em nós a saúde emocional, psicológica, existencial e física.
Vale lembrar, que essa cura é ampla e nos impele a servir às pessoas ao nosso redor. A cura de Deus em nós nunca é intimista, mas, um dínamus que nos impele a servir ao nosso próximo, auxiliando-o em suas necessidades, como co-autores da vida manifesta de Deus.
A árvore da vida é de margem a margem do rio. O relato de João nos ajuda a perceber a magnitude da vida que nos alcança e nos ativa a aproveitar os momentos maravilhosos que Deus nos dá. Somos chamados/as a viver com toda a intensidade e alegria o cotidiano da vida que Deus nos dá, manifesta em nós e através de nós. O fruto contante e as folhas da árvore expressam o ideal de Deus - nos vivificar, assim como toda a humanidade, num processo mútuo de restauração da saúde holística e do cuidado universal.
Que essa experiência diária, cotidiana, vivifique em nós a alegria da vida e da salvação, e, também, nos motive a fazer o bem às pessoas, a tempo e fora de tempo.
Abraços,
Pr. Thiago Pacheco
A cidadania como espaço de liberdade e ação no mundo público
O texto em questão trabalha o imaginário de uma fé cidadã, e de um sujeito cidadão que é ativo e não passivo.
Esse sujeito é estimulado a pensar apaixonadamente, e perceber que não há oposição entre a vida e o espírito, assim como entre a razão e a paixão. Dessa forma, o problema da falta de possibilidades de pensar livremente, ou seja, o Totalitarismo (regime ditatorial), oriundo do capitalismo, e também do socialismo, perde força, dando espaço e dinamismo ao esforço cidadão.
Segundo Hannah Arendt: “O espaço público é o lugar da palavra e da ação”. Isso promove o desenvolvimento de três atividades mentais fundamentais: o querer, o pensar e o julgar. Para ARENDT, a definição de liberdade é pública e ampla, ainda diretamente rela-cionada à política, ao contrário do que a filosofia moderna expõe, uma liberdade individual. A liberdade política só tem significado quando ela é expressa. A liberdade não parte dela para a ação, mas ao contrário. No contexto religioso, essa definição surge primeiro com o apóstolo Paulo, e depois com Agostinho.
Segundo o texto, a liberdade só existe na relação com o outro. A coexistência em so-ciedade é que permite a percepção do conceito de liberdade. A ação é um fundamento para a fé cidadã e a pastoral da cidadania.
O labor é a atividade humana que mais se aproxima dos animais irracionais. O trabalho é a sinalização às gerações futuras de que aqui estivemos. A ação é a representação da inter-relação das pessoas sem a mediação de objetos. O caráter revelador da ação não é só um som, um gesto, mas o agir que vem acompanhado do discurso. Na ação revela-se o caráter da pessoa. A ação é a distinção entre os iguais. A teia de relações humanas e a coragem para inserir-se no mundo. Nossa existência influencia a das outras pessoas.
Referência Bibliográfica
CASTRO. Clóvis. Por uma fé cidadã. A cidadania como espaço de liberdade e ação no mundo público. São Bernardo do Campo: Editeo, 2005. p. 37-73
Esse sujeito é estimulado a pensar apaixonadamente, e perceber que não há oposição entre a vida e o espírito, assim como entre a razão e a paixão. Dessa forma, o problema da falta de possibilidades de pensar livremente, ou seja, o Totalitarismo (regime ditatorial), oriundo do capitalismo, e também do socialismo, perde força, dando espaço e dinamismo ao esforço cidadão.
Segundo Hannah Arendt: “O espaço público é o lugar da palavra e da ação”. Isso promove o desenvolvimento de três atividades mentais fundamentais: o querer, o pensar e o julgar. Para ARENDT, a definição de liberdade é pública e ampla, ainda diretamente rela-cionada à política, ao contrário do que a filosofia moderna expõe, uma liberdade individual. A liberdade política só tem significado quando ela é expressa. A liberdade não parte dela para a ação, mas ao contrário. No contexto religioso, essa definição surge primeiro com o apóstolo Paulo, e depois com Agostinho.
Segundo o texto, a liberdade só existe na relação com o outro. A coexistência em so-ciedade é que permite a percepção do conceito de liberdade. A ação é um fundamento para a fé cidadã e a pastoral da cidadania.
O labor é a atividade humana que mais se aproxima dos animais irracionais. O trabalho é a sinalização às gerações futuras de que aqui estivemos. A ação é a representação da inter-relação das pessoas sem a mediação de objetos. O caráter revelador da ação não é só um som, um gesto, mas o agir que vem acompanhado do discurso. Na ação revela-se o caráter da pessoa. A ação é a distinção entre os iguais. A teia de relações humanas e a coragem para inserir-se no mundo. Nossa existência influencia a das outras pessoas.
Referência Bibliográfica
CASTRO. Clóvis. Por uma fé cidadã. A cidadania como espaço de liberdade e ação no mundo público. São Bernardo do Campo: Editeo, 2005. p. 37-73
terça-feira, 7 de julho de 2009
O Desafio do Mundo Moderno
E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará
O texto base desse resumo crítico se baseia no quarto capítulo de Keelling M., em sua obra Fundamentos da Ética Cristã: O Desafio do Mundo Moderno .
O texto apresenta um panorama histórico sobre o avanço da modernidade em diversos âmbitos, assim como, as dificuldades encontradas pelo ser humano para lidar com esse avanço, em especial, sobre como colocar em prática as ideologias modernas em prol do bem estar comum. A ética cristã é apresentada como ponto de análise e reflexão sobre as ponderações do autor, bem como sobre as abordagens filosóficas de Immanuel Kant e David Hume. São apresentadas, também, algumas posições mais “administrativas” de Adam Smith e Max Weber, inclusive sob aspectos econômicos.
O texto é muito rico e denso, em razão disso pode, numa primeira análise, mostrar-se de difícil compreensão, porém, como o próprio autor destaca: “O desafio que o mundo moderno lança à fé e à vida cristã é contundente e incontornável”.
O processo de observação do mundo natural é destacado como fonte abrangente da ve-rificação da manifestação de Deus no processo histórico, mas, de forma contundente, não o maximiza a ponto de ser considerado um deus.
O autor apresenta a perspectiva desse processo na visão do Antigo Testamento, na qual o ser humano é apresentado como mera criatura e não o apogeu da criação, inclusive, sofrendo interpelações de Deus acerca de seus questionamentos. Deus foi considerado durante muito tempo o sustentáculo da criação e o responsável por seu funcionamento, mas, com o advento da compreensão de nossa capacidade cognitiva, as respostas à ordem natural das coisas deveriam vir: “do próprio pensamento humano”.
Com isso, sob a influência crítica de Descartes, o ser humano foi estimulado a sempre partir de uma posição mais cética e pautar suas compreensões pelo método empírico. Somado a isso, o século 18 agregou uma profunda repulsa à reflexão aprofundada sobre Deus, impulsionando o ser humano a trabalhar sob o foco de múltiplas áreas de interesse que advém de sensações ou de lembranças delas. Esse processo subjetivou as impressões acerca de Deus e suas manifestações, tornando os estudiosos religiosos mais céticos, como nota-se nas ponderações de Hume: “a religião e amoral religiosa não têm outro fundamento que as sen-sações próprias da experiência humana”.
Com Immanuel Kant, a autonomia da razão exacerbou ainda mais o foco na razão humana, insistindo que essa é capaz de lidar com os conteúdos da experiência sensorial. Ele destaca duas conseqüências:
Primeira: toda ação que emana da vontade de fazer o que é bom deve ter tal coerência moral que possa ser erguida em princípio universal, válido para todos os demais seres racionais. (...) A segunda e que todos os seres humanos são ‘pessoas’ no sentido de agentes morais racionais.
O processo de alteração na modalidade do pensamento individual e coletivo das soci-edades continuou se orientando sobre as perspectivas filosóficas da modernidade. Esse pro-cesso progrediu com o advento da revolução industrial e a reforma protestante que destacaram a magnitude do progresso e da vivência “religiosa-contemplativa” no exercício do dia-a-dia, do cotidiano. Sob esse aspecto, destacou-se no âmbito religioso, João Calvino, influenciando os cristãos a pensarem e se esforçarem pela salvação e pelo sucesso nos negócios.
A riqueza passou a seu considerada resultado do esforço humano, o que originou as-sistencialismo mínimo aos pobres como expressão filosófica, ideológica e teológica do que é certo, ou seja, buscar o sucesso e riqueza pessoais, mas, de alguma forma, “ajudar” os menos favorecidos.
Surge então, o conceito de que “os processos humanos (...) não eram mais governados por Deus” . A racionalidade de Kant, as observações evolutivas de Darwin e as descobertas genéticas de Crick e Watson fragmentaram ainda mais o conceito judaico-cristão do Antigo Testamento da soberania de Deus e de sua característica sustentadora da criação como um todo.
Mas, em contrapartida, o autor apresenta sua percepção do que deve ser a posição ética cristã que apresenta que o sentido da existência e vida humanas são parte integrante do propósito maior e, unicamente, relacionado com a soberania de Deus.
O texto é denso e requer atenção em sua leitura, porém, ele desenvolve de forma muito coerente as diversas posições e evoluções sofridas pela sociedade e a humanidade, assim como pela criação, no decorrer dos últimos 4 séculos.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2 ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Edição revista e atualizada no Brasil
KEELLING, M. Fundamentos da Ética Cristã. São Paulo: Aste, 2002, p. 143-180
O texto base desse resumo crítico se baseia no quarto capítulo de Keelling M., em sua obra Fundamentos da Ética Cristã: O Desafio do Mundo Moderno .
O texto apresenta um panorama histórico sobre o avanço da modernidade em diversos âmbitos, assim como, as dificuldades encontradas pelo ser humano para lidar com esse avanço, em especial, sobre como colocar em prática as ideologias modernas em prol do bem estar comum. A ética cristã é apresentada como ponto de análise e reflexão sobre as ponderações do autor, bem como sobre as abordagens filosóficas de Immanuel Kant e David Hume. São apresentadas, também, algumas posições mais “administrativas” de Adam Smith e Max Weber, inclusive sob aspectos econômicos.
O texto é muito rico e denso, em razão disso pode, numa primeira análise, mostrar-se de difícil compreensão, porém, como o próprio autor destaca: “O desafio que o mundo moderno lança à fé e à vida cristã é contundente e incontornável”.
O processo de observação do mundo natural é destacado como fonte abrangente da ve-rificação da manifestação de Deus no processo histórico, mas, de forma contundente, não o maximiza a ponto de ser considerado um deus.
O autor apresenta a perspectiva desse processo na visão do Antigo Testamento, na qual o ser humano é apresentado como mera criatura e não o apogeu da criação, inclusive, sofrendo interpelações de Deus acerca de seus questionamentos. Deus foi considerado durante muito tempo o sustentáculo da criação e o responsável por seu funcionamento, mas, com o advento da compreensão de nossa capacidade cognitiva, as respostas à ordem natural das coisas deveriam vir: “do próprio pensamento humano”.
Com isso, sob a influência crítica de Descartes, o ser humano foi estimulado a sempre partir de uma posição mais cética e pautar suas compreensões pelo método empírico. Somado a isso, o século 18 agregou uma profunda repulsa à reflexão aprofundada sobre Deus, impulsionando o ser humano a trabalhar sob o foco de múltiplas áreas de interesse que advém de sensações ou de lembranças delas. Esse processo subjetivou as impressões acerca de Deus e suas manifestações, tornando os estudiosos religiosos mais céticos, como nota-se nas ponderações de Hume: “a religião e amoral religiosa não têm outro fundamento que as sen-sações próprias da experiência humana”.
Com Immanuel Kant, a autonomia da razão exacerbou ainda mais o foco na razão humana, insistindo que essa é capaz de lidar com os conteúdos da experiência sensorial. Ele destaca duas conseqüências:
Primeira: toda ação que emana da vontade de fazer o que é bom deve ter tal coerência moral que possa ser erguida em princípio universal, válido para todos os demais seres racionais. (...) A segunda e que todos os seres humanos são ‘pessoas’ no sentido de agentes morais racionais.
O processo de alteração na modalidade do pensamento individual e coletivo das soci-edades continuou se orientando sobre as perspectivas filosóficas da modernidade. Esse pro-cesso progrediu com o advento da revolução industrial e a reforma protestante que destacaram a magnitude do progresso e da vivência “religiosa-contemplativa” no exercício do dia-a-dia, do cotidiano. Sob esse aspecto, destacou-se no âmbito religioso, João Calvino, influenciando os cristãos a pensarem e se esforçarem pela salvação e pelo sucesso nos negócios.
A riqueza passou a seu considerada resultado do esforço humano, o que originou as-sistencialismo mínimo aos pobres como expressão filosófica, ideológica e teológica do que é certo, ou seja, buscar o sucesso e riqueza pessoais, mas, de alguma forma, “ajudar” os menos favorecidos.
Surge então, o conceito de que “os processos humanos (...) não eram mais governados por Deus” . A racionalidade de Kant, as observações evolutivas de Darwin e as descobertas genéticas de Crick e Watson fragmentaram ainda mais o conceito judaico-cristão do Antigo Testamento da soberania de Deus e de sua característica sustentadora da criação como um todo.
Mas, em contrapartida, o autor apresenta sua percepção do que deve ser a posição ética cristã que apresenta que o sentido da existência e vida humanas são parte integrante do propósito maior e, unicamente, relacionado com a soberania de Deus.
O texto é denso e requer atenção em sua leitura, porém, ele desenvolve de forma muito coerente as diversas posições e evoluções sofridas pela sociedade e a humanidade, assim como pela criação, no decorrer dos últimos 4 séculos.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2 ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Edição revista e atualizada no Brasil
KEELLING, M. Fundamentos da Ética Cristã. São Paulo: Aste, 2002, p. 143-180
domingo, 5 de julho de 2009
AMA E FAZE O QUE QUISERES
O anúncio de um novo homem, “a uma nova criatura em Cristo”, é a primeira e fundamental resposta da fé cristã ao problema ético.
O último texto dessa seqüência de resumos críticos nos traz uma inquietação logo em seu título: Ama e fazes o que quiseres! Tal afirmação, imediatamente, nos direciona ao sentimento de se estar “entre a cruz e a espada”, afinal, se dizemos que amamos, mas fazemos o mal, sob a afirmação acima, podemos ser questionados se realmente amamos. Por outro lado, se amamos somos, naturalmente, impulsionados a pensar no outro e aí: Como fazer o que quiser?
Segundo o autor, a problemática tem seu cerne na incompatibilidade das ações da hu-manidade cristã, com os dogmas teológicos e filosóficos que ela defende como regra de conduta e fé. Para o autor, José Bonino: “Houve cristãos nazistas e antinazistas; há os socia-listas e capitalistas; uns rejeitam e outros aceitam o divórcio (...) O comportamento do “novo homem” não parece, portanto, suficientemente determinado”. Assim sendo, por falta dessa determinação levantada pelo autor, como podemos esperar que haja, também, uma congruência de idéias e ações relativas à ética? Seria essa esperança uma mera utopia demagoga?
BONINO apresenta algumas pistas aos questionamentos anteriores, ao elencar os pa-radigmas do amor como A Obediência à Lei de Deus. Ele os apresenta como qualidades intencionais e ativas, que alicerçam os relacionamentos interpessoais e intrapessoais do se humano. Jesus Cristo, paradigma central, nos aponta a direção desse amor: o próximo. Sob esse fundamento primeiro, a Lei emerge como diretriz ao iluminar o caminho do amor, traduzindo-o como: honra, justiça, respeito, proteção, restituição, liberdade etc.
Visto que Jesus era, terminantemente, contrário ao legalismo, o Apóstolo Paulo e as demais epístolas do Novo Testamento nos ajudam a entender melhor o papel da lei como “palavras do Senhor” . Cremos que a própria expressão por si já revela a profundidade e amplitude do conceito. Todas essas abordagens são, na verdade, formas de elencar as quali-dades, ou, como alguns textos do Novo Testamento apresentam, as obrigações e virtudes dos crentes. “As virtudes são ‘frutos do Espírito’” e, essas virtudes, são consideradas a maneira de reconhecer aqueles e aquelas que foram associados à nova classe de vida que é oferecida por Cristo.
Apesar de tudo isso, como é que se percebem tantas diferenciações entre o que os/as cristãos/as devem fazer e o que eles/as normalmente fazem? Como decidir pelo que é correto? “O cristão é uma pessoa integrada em uma unidade que o inclui” , logo, ele deve pautar suas ações sob o imaginário coletivo. Dessa forma, traçando suas decisões do coletivo para o individual, suas ações serão eticamente coerentes.
Essa coerência vislumbra Cristo no exercício da constituição e guia da comunidade; além da presença ativa do Espírito Santo, que auxilia na compreensão e interpretação dos paradig-mas do amor.
Amas e fazes o que quiseres! Sob a perspectiva do autor, não é uma frase que gera te-mor, mas que inspira e motiva os/as cristãos/as, sob os ensinamentos de Jesus e a ação di-namizadora do Espírito Santo, a refletir e pautar seus pensamentos e suas ações nos padrões éticos do Reino de Deus; transmitindo-os, partindo do comunitário para o individual, gerando vida abundante para todos.
“A vida é, para o cristão, um caminho (...) não é uma simples obra de sua criatividade (...) trata-se de uma aventura de fé.” . Sobre esse alicerce, a fé cristã pode responder aos di-versos problemas éticos que a contrapõe de forma sábia e vivificante.
REFERÊNCIAS
MIGUEZ BONINO, José. Ama e faze o que quiseres. São Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1982. p. 87-118.
O último texto dessa seqüência de resumos críticos nos traz uma inquietação logo em seu título: Ama e fazes o que quiseres! Tal afirmação, imediatamente, nos direciona ao sentimento de se estar “entre a cruz e a espada”, afinal, se dizemos que amamos, mas fazemos o mal, sob a afirmação acima, podemos ser questionados se realmente amamos. Por outro lado, se amamos somos, naturalmente, impulsionados a pensar no outro e aí: Como fazer o que quiser?
Segundo o autor, a problemática tem seu cerne na incompatibilidade das ações da hu-manidade cristã, com os dogmas teológicos e filosóficos que ela defende como regra de conduta e fé. Para o autor, José Bonino: “Houve cristãos nazistas e antinazistas; há os socia-listas e capitalistas; uns rejeitam e outros aceitam o divórcio (...) O comportamento do “novo homem” não parece, portanto, suficientemente determinado”. Assim sendo, por falta dessa determinação levantada pelo autor, como podemos esperar que haja, também, uma congruência de idéias e ações relativas à ética? Seria essa esperança uma mera utopia demagoga?
BONINO apresenta algumas pistas aos questionamentos anteriores, ao elencar os pa-radigmas do amor como A Obediência à Lei de Deus. Ele os apresenta como qualidades intencionais e ativas, que alicerçam os relacionamentos interpessoais e intrapessoais do se humano. Jesus Cristo, paradigma central, nos aponta a direção desse amor: o próximo. Sob esse fundamento primeiro, a Lei emerge como diretriz ao iluminar o caminho do amor, traduzindo-o como: honra, justiça, respeito, proteção, restituição, liberdade etc.
Visto que Jesus era, terminantemente, contrário ao legalismo, o Apóstolo Paulo e as demais epístolas do Novo Testamento nos ajudam a entender melhor o papel da lei como “palavras do Senhor” . Cremos que a própria expressão por si já revela a profundidade e amplitude do conceito. Todas essas abordagens são, na verdade, formas de elencar as quali-dades, ou, como alguns textos do Novo Testamento apresentam, as obrigações e virtudes dos crentes. “As virtudes são ‘frutos do Espírito’” e, essas virtudes, são consideradas a maneira de reconhecer aqueles e aquelas que foram associados à nova classe de vida que é oferecida por Cristo.
Apesar de tudo isso, como é que se percebem tantas diferenciações entre o que os/as cristãos/as devem fazer e o que eles/as normalmente fazem? Como decidir pelo que é correto? “O cristão é uma pessoa integrada em uma unidade que o inclui” , logo, ele deve pautar suas ações sob o imaginário coletivo. Dessa forma, traçando suas decisões do coletivo para o individual, suas ações serão eticamente coerentes.
Essa coerência vislumbra Cristo no exercício da constituição e guia da comunidade; além da presença ativa do Espírito Santo, que auxilia na compreensão e interpretação dos paradig-mas do amor.
Amas e fazes o que quiseres! Sob a perspectiva do autor, não é uma frase que gera te-mor, mas que inspira e motiva os/as cristãos/as, sob os ensinamentos de Jesus e a ação di-namizadora do Espírito Santo, a refletir e pautar seus pensamentos e suas ações nos padrões éticos do Reino de Deus; transmitindo-os, partindo do comunitário para o individual, gerando vida abundante para todos.
“A vida é, para o cristão, um caminho (...) não é uma simples obra de sua criatividade (...) trata-se de uma aventura de fé.” . Sobre esse alicerce, a fé cristã pode responder aos di-versos problemas éticos que a contrapõe de forma sábia e vivificante.
REFERÊNCIAS
MIGUEZ BONINO, José. Ama e faze o que quiseres. São Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1982. p. 87-118.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO ÉTICO
¿Dónde está la justicia de infligir los males más severos a quienes no nos han hecho ningún mal? (John Wesley)
O presente resumo se propõe a trabalhar a temática da ética, baseado no texto do Prof. Dr. Rui de Souza Josgrilberg: A constituição do sujeito ético. Para isso, iniciamos citando o fundador do movimento metodista em uma de suas reflexões. Sobre tal questionamento po-deríamos deferir diversas interpretações, mas, vislumbrando a ótica da ética, parece-nos plausível dizer que essa, em seu sentido mais amplo, está diretamente relacionada à justiça e promoção da vida plena, de toda a criação.
O professor JOSGRILBERG inicia seu texto delimitando alguns termos importantes para a compreensão plena de seu artigo, são eles: sujeito, sujeito ético e sujeito ético cristão. Tais apontamentos permitem que as opiniões do autor, acerca da ética, sejam mais bem compreendidas e, claramente, assimiladas.
Segundo o autor: “sem o outro não somos nada”. Com essa afirmação, ele inicia suas ponderações acerca da constituição do sujeito e nos remete à questão: É possível ser considera-do sujeito sem essa relação social/comunitária? Segundo o dicionário Houaiss, sujeito é: “pes-soa indeterminada ou cujo nome não se diz; que se submete ao poder ou à vontade dos ou-tros”. Sob a definição semântica da palavra poderíamos defender a posição de que um sujeito é uma pessoa (um ser humano), mesmo que esse não esteja em processo de relacionamento com ninguém mais que si mesmo. Por outro lado, ao submeter-se ao poder ou vontade alheia, a relação social se estabelece, ainda que, não desejamos entrar no mérito da questão, essa relação seja não-saudável. Mas, sendo assim, por que então o autor levanta a afirmação acima?
Para JOSGRILBERG, nossas heranças fisiológicas, psicológicas, culturais e religiosas vêm do outro. Logo, herdamos tudo das relações que se estabelecem desde que somos gera-dos. Refletimos nossos pais, familiares, amigos e instituições. Somos, portanto, o outro, por assim dizer. Seria um equivoco afirmar isso? Segundo o autor, poderíamos pensar que tal afirmação não é equivocada, já que ele diz: “O desenvolvimento está condicionado à presença de outros”. Se tal relação é intrínseca e inseparável, a priori, poderíamos, certamente, dizer que somos nada mais nada menos que o reflexo do outro, ou dos outros.
Porém, esse viés de pensamento induz a um erro, afinal, somos, como sujeitos, seres pensantes e autônomos (capazes de determinar as próprias normas de conduta), em nossas tomadas de decisões. Isso se percebe na afirmação de JOSGRILBERG, ao dizer: “o sujeito ético avalia (grifo próprio) a partir de um mundo com universalidade abrangente (...)”. Por-tanto, o sujeito ético se forma na relação, avaliação e re-elaboração, com o outro, mas, também, consigo mesmo. Poderíamos então sintetizar essas questões, dizendo que: o “conjunto de preceitos sobre o que é moralmente certo ou errado” forma-se na re-significação constante das relações interpessoais do sujeito ético consigo mesmo e com as demais pessoas.
Emerge, então, a questão acerca do sujeito ético cristão. Para JOSGRILBERG, esse sujeito deve, de igual maneira, ser analisado como parte integrante do enredo de relações, mas, com pressupostos fundamentados nas narrativas bíblicas. Para ele, as narrativas bíblicas formam o terreno de organização de muitos egos através do tempo e da história. As relações de identidade engendram uma “colcha de retalhos” cultural, política, econômica e religiosa na vida cotidiana das pessoas. Portanto, a expressão ética, do sujeito ético cristão se dá à medida que a experiência transcendental corre, através da relação desse sujeito com Deus.
Retornado ao questionamento de WESLEY: Por que então deferir pesados ataques maléficos contra quem não nos fez nada? Segundo JOSGRILBERG, em seus apontamentos sobre a construção do sujeito ético, isso se dá pela má formação e re-significação da ética e suas vertentes. Isso permanece pela indiferença dos sujeitos éticos cristãos, que pautados pelas relações pessoais consigo, com as pessoas ao seu redor, com Deus, e pelos parâmetros das Escrituras Sagradas, não exercem mudança de mente na sociedade que os cerca.
Por fim, a construção do sujeito ético se dá no aprofundamento amplo das diversas re-lações interpessoais desse sujeito, pois: “a grande tarefa da ética não se reduz às condições de responsabilidade individual, mas à criação de uma sociedade responsável.”
O presente resumo se propõe a trabalhar a temática da ética, baseado no texto do Prof. Dr. Rui de Souza Josgrilberg: A constituição do sujeito ético. Para isso, iniciamos citando o fundador do movimento metodista em uma de suas reflexões. Sobre tal questionamento po-deríamos deferir diversas interpretações, mas, vislumbrando a ótica da ética, parece-nos plausível dizer que essa, em seu sentido mais amplo, está diretamente relacionada à justiça e promoção da vida plena, de toda a criação.
O professor JOSGRILBERG inicia seu texto delimitando alguns termos importantes para a compreensão plena de seu artigo, são eles: sujeito, sujeito ético e sujeito ético cristão. Tais apontamentos permitem que as opiniões do autor, acerca da ética, sejam mais bem compreendidas e, claramente, assimiladas.
Segundo o autor: “sem o outro não somos nada”. Com essa afirmação, ele inicia suas ponderações acerca da constituição do sujeito e nos remete à questão: É possível ser considera-do sujeito sem essa relação social/comunitária? Segundo o dicionário Houaiss, sujeito é: “pes-soa indeterminada ou cujo nome não se diz; que se submete ao poder ou à vontade dos ou-tros”. Sob a definição semântica da palavra poderíamos defender a posição de que um sujeito é uma pessoa (um ser humano), mesmo que esse não esteja em processo de relacionamento com ninguém mais que si mesmo. Por outro lado, ao submeter-se ao poder ou vontade alheia, a relação social se estabelece, ainda que, não desejamos entrar no mérito da questão, essa relação seja não-saudável. Mas, sendo assim, por que então o autor levanta a afirmação acima?
Para JOSGRILBERG, nossas heranças fisiológicas, psicológicas, culturais e religiosas vêm do outro. Logo, herdamos tudo das relações que se estabelecem desde que somos gera-dos. Refletimos nossos pais, familiares, amigos e instituições. Somos, portanto, o outro, por assim dizer. Seria um equivoco afirmar isso? Segundo o autor, poderíamos pensar que tal afirmação não é equivocada, já que ele diz: “O desenvolvimento está condicionado à presença de outros”. Se tal relação é intrínseca e inseparável, a priori, poderíamos, certamente, dizer que somos nada mais nada menos que o reflexo do outro, ou dos outros.
Porém, esse viés de pensamento induz a um erro, afinal, somos, como sujeitos, seres pensantes e autônomos (capazes de determinar as próprias normas de conduta), em nossas tomadas de decisões. Isso se percebe na afirmação de JOSGRILBERG, ao dizer: “o sujeito ético avalia (grifo próprio) a partir de um mundo com universalidade abrangente (...)”. Por-tanto, o sujeito ético se forma na relação, avaliação e re-elaboração, com o outro, mas, também, consigo mesmo. Poderíamos então sintetizar essas questões, dizendo que: o “conjunto de preceitos sobre o que é moralmente certo ou errado” forma-se na re-significação constante das relações interpessoais do sujeito ético consigo mesmo e com as demais pessoas.
Emerge, então, a questão acerca do sujeito ético cristão. Para JOSGRILBERG, esse sujeito deve, de igual maneira, ser analisado como parte integrante do enredo de relações, mas, com pressupostos fundamentados nas narrativas bíblicas. Para ele, as narrativas bíblicas formam o terreno de organização de muitos egos através do tempo e da história. As relações de identidade engendram uma “colcha de retalhos” cultural, política, econômica e religiosa na vida cotidiana das pessoas. Portanto, a expressão ética, do sujeito ético cristão se dá à medida que a experiência transcendental corre, através da relação desse sujeito com Deus.
Retornado ao questionamento de WESLEY: Por que então deferir pesados ataques maléficos contra quem não nos fez nada? Segundo JOSGRILBERG, em seus apontamentos sobre a construção do sujeito ético, isso se dá pela má formação e re-significação da ética e suas vertentes. Isso permanece pela indiferença dos sujeitos éticos cristãos, que pautados pelas relações pessoais consigo, com as pessoas ao seu redor, com Deus, e pelos parâmetros das Escrituras Sagradas, não exercem mudança de mente na sociedade que os cerca.
Por fim, a construção do sujeito ético se dá no aprofundamento amplo das diversas re-lações interpessoais desse sujeito, pois: “a grande tarefa da ética não se reduz às condições de responsabilidade individual, mas à criação de uma sociedade responsável.”
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Sistematização teológico-pastoral: a sabedoria popular e a teologia contemporânea
O estudo da Teologia Contemporânea, assim como, da Sabedoria Popular são áreas que devem permear as reflexões teológicas e pastorais de teólogos e teólogas no século XXI. Pensar na reflexão sistematizada que emerge de grupos, ainda, minoritários e, tradi-cionalmente, considerados aquém dos referências de estudo teológico, é uma das formas de se manter viva e reafirmar a suma filosófica de Descartes – Penso, logo, êxito. Pensar na reflexão, aparentemente, não sistêmica que emerge sob o pano de fundo da sapiência popular, é manter viva e reafirmar a suma teológica dos ditos de Jesus, citado, por exemplo, em Mateus 11.25: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” .
Esse trabalho se propõe a relacionar alguns dos temas abordados na matéria Teologia Contemporânea, com algumas questões, concretas, da realidade eclesial e social do autor, vivenciadas nos últimos 6 meses, e, também, algumas abordagens e perspectivas do autor, em seu trabalho de conclusão de curso.
Teologias contemporâneas e a Sabedoria popular
Quem espera que a vida seja feita de ilusão, pode até ficar maluco ou morrer na solidão. É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver! Toda pedra do caminho, você pode retirar. Numa flor que tem espinhos, você pode se arranhar. Se o bem e o mal existem, você pode escolher. É preciso saber viver!
A poesia da música de Roberto e Erasmo Carlos, tão felizmente regravada pelo grupo Titãs, é um excelente exemplo de que a sabedoria popular, ainda que não reconhecidamente, sistematiza seus pensamentos filosóficos, teológicos e existenciais. Refletindo a racionalidade iluminista, a letra da música alerta, de forma bem humorada, seus apaixonados “seguidores”, que o sofrimento é um fator inerente à existência humana, mas que “saber viver” é algo que pode ser aprendido.
O autor César S. Camargo, em seu artigo O Evangelho Social: aspectos históricos e teológicos, afirma que: “Uma religião intimista, centralizada no indivíduo e abstraindo-se do seu meio social real jamais poderia, segundo o evangelho social, alcançar uma dimensão globalizante da existência humana.” . Tal afirmação nos permite compreender que a exacer-bação do antropocentrismo, assim como, das experiências místicas, não são meios de se saber viver.
Algumas das novas percepções e sistematizações teológicas, como as Teologias Femi-nista e Negra, emergem com grande força, e, em geral, oriundas do clamor popular por i-gualdade de direito e respeitabilidade. Discutir, teologicamente, o papel da mulher, as ques-tões de gênero, a problemática do racismo e demais pontos relacionados a estas, consolidam o estudo da teologia contemporânea. Tais assuntos podem ser vislumbrados nos meandros da sapiência popular, assim como, em suas estratégias de ensino: o humor e a ironia.
Utilizando-se das ferramentas do lúdico, as teologias contemporâneas podem galgar seu espaço nas discussões teológicas, assim como, fundamentarem-se como fontes respeitáveis do estudo teológico.
Em seu livro Ministérios Femininos em Perspectiva Histórica - Duncan A. Reily relata que: "Para muitos, o ponto crucial da questão de ministérios femininos é a questão da ordenação e ministração no altar. No XXI Sínodo da Igreja Episcopal no Brasil, o bispo Sumio Takatsu e o Rev. Glauco S. de Lima propuseram a ordenação da mulher às três ordens, entendendo que o “Espírito Santo invocado pela igreja na ordenação, dado ao ordenado, capacita tanto o homem como a mulher a exercer o ministério na comunidade da Igreja” e que “não se pode negar a uma mulher presidir à assembléia que celebra a vitória de Cristo(...), a Eucaristia, a Santa Comunhão”.
Ainda que decisões conciliares, sinodais e congregacionais sejam tomadas em favor da plena inclusão da mulher nos mais diversos âmbitos religiosos/institucionais, na prática, no dia-a-dia, as mulheres continuam a sofrer discriminação, bem como, seu direito de voz, é cerceado pelo forte pensamento androcêntrico, em âmbitos sociais, organizacionais e, infelizmente, teo-lógicos, que tomam conta de nossa sociedade.
O senso comum , ou a sabedoria popular, é uma forma de se transmitir conhecimento e experiência acumulados com o passar do tempo, sob a perspectiva do aprendizado mútuo e coletivo. Segundo Anthony R. Ceresko há duas razões:" A primeira delas tem a ver com a sabedoria dos “sem voz”, as pessoas que não são parte da instituição regente; (...) cujo status social os impedia de serem ouvidos. (...) Uma segunda questão sobre a sabedoria no mundo antigo requer estudos adicionais. A erudição crítica, centrada na Europa e no Ocidente, tende a ignorar a própria tradição da Bíblia, segundo a qual a sabedoria vem do Oriente.
O autor ainda ressalta que as mulheres, a despeito do esmagador caráter patriarcal das sociedades antigas, têm relevância nesse processo de formação sapiencial, devido ao seu envolvimento, como mães, na formação educacional dos filhos e filhas. Dessa forma, elas auxiliaram nos processos de internalização e transmissão dos valores morais, éticos, religiosos e educacionais. Para o autor, a Bíblia preserva uns poucos indícios disso, em textos como o de Provérbios 10.1: O filho sábio alegra a seu pai; Mas o insensato é a tristeza de sua mãe.
É necessário que os estudos acadêmicos possam ir além dos processos históricos de condição da mulher e das discussões e desenvolvimento de estratégias para a emancipação da mulher. As discussões devem ser caracterizadas pela “experiência do cotidiano, pela expressão de marginalização e opressão em vários níveis do cotidiano e pela experiência que passa pelo corpo, pela pele, pelo coração e pela sexualidade das mulheres” .
Os negros também sempre estiveram em situação desfavorável diante da majoritária “massa branca” que, até hoje, domina os cargos mais altos das instituições religiosas, assim como, das igrejas. Sua reflexão teológica é, freqüentemente, posta à margem, devido ao preconceito racial. O testemunho do Rev. Juracy José Sias Monteiro, em seu livro Minha vida, meu ministério – exemplifica uma dessas situações: “Havia uns bobinhos ignorantes que tinham preconceito de cor. Chegaram, entre si, a fazer gracinha, perguntando se no púlpito não havia uma árvore para o macaco trepar” .
Para Ezequiel Luiz de Andrade: “Comentar sobre o Pensamento Teológico Negro é falar necessariamente a partir do povo negro”. A Bíblia relata, de forma bem humorada, a presença do negro. É possível perceber que, em razão do preconceito, a palavra é negra é substituída por “morena”, e o verbo é alterado de ser, para estar. Esse relato está em cantares 1.5-6: Eu estou morena e formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão. Não olheis para o eu estar morena, porque o sol me queimou. Os filhos de minha mãe se indignaram contra mim e me puseram por guarda de vinhas; a vinha, porém, que me pertence, não a guardei.
O relato bíblico demonstra a ironia em que a discussão a respeito da cor da mulher é fundamental para se compreender o texto, bem como, para se desfazer a leitura discrimina-tória, e muitas vezes velada, que é realizada em nossas comunidades de fé.
Concluindo, as Teologias Contemporâneas e a Sabedoria popular têm muito a agregar às sistematizações teológico-pastoral, que realizamos nos dias atuais. É importante re-ler as Escrituras Sagradas sobre essas óticas que emergem de grupos minoritários e excluídos, pois, tais leituras nos levarão a ampliar nosso campo de visão teológico, assim como, nos permitirão trabalhar de forma mais eficiente e eficaz a inclusão de todas as pessoas, nas comunidades de fé e na própria sociedade.
Esse trabalho se propõe a relacionar alguns dos temas abordados na matéria Teologia Contemporânea, com algumas questões, concretas, da realidade eclesial e social do autor, vivenciadas nos últimos 6 meses, e, também, algumas abordagens e perspectivas do autor, em seu trabalho de conclusão de curso.
Teologias contemporâneas e a Sabedoria popular
Quem espera que a vida seja feita de ilusão, pode até ficar maluco ou morrer na solidão. É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer. É preciso saber viver! Toda pedra do caminho, você pode retirar. Numa flor que tem espinhos, você pode se arranhar. Se o bem e o mal existem, você pode escolher. É preciso saber viver!
A poesia da música de Roberto e Erasmo Carlos, tão felizmente regravada pelo grupo Titãs, é um excelente exemplo de que a sabedoria popular, ainda que não reconhecidamente, sistematiza seus pensamentos filosóficos, teológicos e existenciais. Refletindo a racionalidade iluminista, a letra da música alerta, de forma bem humorada, seus apaixonados “seguidores”, que o sofrimento é um fator inerente à existência humana, mas que “saber viver” é algo que pode ser aprendido.
O autor César S. Camargo, em seu artigo O Evangelho Social: aspectos históricos e teológicos, afirma que: “Uma religião intimista, centralizada no indivíduo e abstraindo-se do seu meio social real jamais poderia, segundo o evangelho social, alcançar uma dimensão globalizante da existência humana.” . Tal afirmação nos permite compreender que a exacer-bação do antropocentrismo, assim como, das experiências místicas, não são meios de se saber viver.
Algumas das novas percepções e sistematizações teológicas, como as Teologias Femi-nista e Negra, emergem com grande força, e, em geral, oriundas do clamor popular por i-gualdade de direito e respeitabilidade. Discutir, teologicamente, o papel da mulher, as ques-tões de gênero, a problemática do racismo e demais pontos relacionados a estas, consolidam o estudo da teologia contemporânea. Tais assuntos podem ser vislumbrados nos meandros da sapiência popular, assim como, em suas estratégias de ensino: o humor e a ironia.
Utilizando-se das ferramentas do lúdico, as teologias contemporâneas podem galgar seu espaço nas discussões teológicas, assim como, fundamentarem-se como fontes respeitáveis do estudo teológico.
Em seu livro Ministérios Femininos em Perspectiva Histórica - Duncan A. Reily relata que: "Para muitos, o ponto crucial da questão de ministérios femininos é a questão da ordenação e ministração no altar. No XXI Sínodo da Igreja Episcopal no Brasil, o bispo Sumio Takatsu e o Rev. Glauco S. de Lima propuseram a ordenação da mulher às três ordens, entendendo que o “Espírito Santo invocado pela igreja na ordenação, dado ao ordenado, capacita tanto o homem como a mulher a exercer o ministério na comunidade da Igreja” e que “não se pode negar a uma mulher presidir à assembléia que celebra a vitória de Cristo(...), a Eucaristia, a Santa Comunhão”.
Ainda que decisões conciliares, sinodais e congregacionais sejam tomadas em favor da plena inclusão da mulher nos mais diversos âmbitos religiosos/institucionais, na prática, no dia-a-dia, as mulheres continuam a sofrer discriminação, bem como, seu direito de voz, é cerceado pelo forte pensamento androcêntrico, em âmbitos sociais, organizacionais e, infelizmente, teo-lógicos, que tomam conta de nossa sociedade.
O senso comum , ou a sabedoria popular, é uma forma de se transmitir conhecimento e experiência acumulados com o passar do tempo, sob a perspectiva do aprendizado mútuo e coletivo. Segundo Anthony R. Ceresko há duas razões:" A primeira delas tem a ver com a sabedoria dos “sem voz”, as pessoas que não são parte da instituição regente; (...) cujo status social os impedia de serem ouvidos. (...) Uma segunda questão sobre a sabedoria no mundo antigo requer estudos adicionais. A erudição crítica, centrada na Europa e no Ocidente, tende a ignorar a própria tradição da Bíblia, segundo a qual a sabedoria vem do Oriente.
O autor ainda ressalta que as mulheres, a despeito do esmagador caráter patriarcal das sociedades antigas, têm relevância nesse processo de formação sapiencial, devido ao seu envolvimento, como mães, na formação educacional dos filhos e filhas. Dessa forma, elas auxiliaram nos processos de internalização e transmissão dos valores morais, éticos, religiosos e educacionais. Para o autor, a Bíblia preserva uns poucos indícios disso, em textos como o de Provérbios 10.1: O filho sábio alegra a seu pai; Mas o insensato é a tristeza de sua mãe.
É necessário que os estudos acadêmicos possam ir além dos processos históricos de condição da mulher e das discussões e desenvolvimento de estratégias para a emancipação da mulher. As discussões devem ser caracterizadas pela “experiência do cotidiano, pela expressão de marginalização e opressão em vários níveis do cotidiano e pela experiência que passa pelo corpo, pela pele, pelo coração e pela sexualidade das mulheres” .
Os negros também sempre estiveram em situação desfavorável diante da majoritária “massa branca” que, até hoje, domina os cargos mais altos das instituições religiosas, assim como, das igrejas. Sua reflexão teológica é, freqüentemente, posta à margem, devido ao preconceito racial. O testemunho do Rev. Juracy José Sias Monteiro, em seu livro Minha vida, meu ministério – exemplifica uma dessas situações: “Havia uns bobinhos ignorantes que tinham preconceito de cor. Chegaram, entre si, a fazer gracinha, perguntando se no púlpito não havia uma árvore para o macaco trepar” .
Para Ezequiel Luiz de Andrade: “Comentar sobre o Pensamento Teológico Negro é falar necessariamente a partir do povo negro”. A Bíblia relata, de forma bem humorada, a presença do negro. É possível perceber que, em razão do preconceito, a palavra é negra é substituída por “morena”, e o verbo é alterado de ser, para estar. Esse relato está em cantares 1.5-6: Eu estou morena e formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão. Não olheis para o eu estar morena, porque o sol me queimou. Os filhos de minha mãe se indignaram contra mim e me puseram por guarda de vinhas; a vinha, porém, que me pertence, não a guardei.
O relato bíblico demonstra a ironia em que a discussão a respeito da cor da mulher é fundamental para se compreender o texto, bem como, para se desfazer a leitura discrimina-tória, e muitas vezes velada, que é realizada em nossas comunidades de fé.
Concluindo, as Teologias Contemporâneas e a Sabedoria popular têm muito a agregar às sistematizações teológico-pastoral, que realizamos nos dias atuais. É importante re-ler as Escrituras Sagradas sobre essas óticas que emergem de grupos minoritários e excluídos, pois, tais leituras nos levarão a ampliar nosso campo de visão teológico, assim como, nos permitirão trabalhar de forma mais eficiente e eficaz a inclusão de todas as pessoas, nas comunidades de fé e na própria sociedade.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Essa moda não pode pegar!
Cito uma reportagem que li: "SÃO PAULO - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse nesta sexta-feira, 20, em São Paulo, que a decisão de derrubar a exigência de diploma de jornalista, tomada pela Corte na noite da quarta-feira, deverá criar um "modelo de desregulamentação" das profissões que não exigem aporte científico e treinamento específico."[1]
Amigos e amigas, essa moda não pode pegar!!
Creio que estamos diante de um retrocesso intelectual. Isso é assustador. Deveríamos estar motivando nossa grande nação brasileira a estudar, refletir, ou seja, pensar! Acompanhei a discussão acerca da desregulamentação do diploma de Jornalismo. Ao ver as reportagens e chamadas sobre o assunto, fiquei a pensar que equívocos acontecem; que nossos ministros e ministras do Superior Tribunal Federal buscavam desburocratizar a produção de qualidade, porém, "desqualificada" academicamente. Contudo, ainda que a intenção tenha sido muito boa, perguntei-me se não estaríamos caminhando em sentido contrário ao da ordem e do progresso (nosso lema!).
Coloco isso, pois a mídia é hoje um dos grandes organismos que gera sentido às pessoas. Sua disputa com outros geradores de sentido é grande, em especial, com as religiões. Não quero me ater a um debate sociológico! Quero defender que, ainda que de forma errônea, a obrigatoriedade do diploma universitário, para uma profissão tão importante, é um fator motivador, ainda que por outras razões, à dedicação de produção intelectual aprimorada (não cito "qualidade", pois esta pode ser percebida mesmo sem formação acadêmica).
Agora, com a reportagem acima citada, assusto-me novamente. Quais serão as outras profissões que terão seus modelos desregulamentados? Se vocês me permitirem vaguear um pouco, por que não imaginar que, se essa moda pegar, em breve teremos dentistas sem formação, médicos sem formação, diplomatas sem formação, teólogos sem formação (apesar de que não consigo imaginar isso)?
Sou, expressamente, contrário à manipulação das pessoas e de seu acesso ao mercado de trabalho pela obrigatoriedade de um diploma universitário. Um diploma não significa, necessariamente, que a pessoa que o possui é capacitada para desenvolver uma determinada função. Mas, certamente, ele nos dá indícios disso!
Teologicamente, nós somos desafiados e desafiadas a incentivar nossas comunidades de fé a progredir holisticamente - corpo alma e espírito (não faço uma tricotomia aqui, é mais uma pontuação pedagógica). Penso que esse tema será usado ainda por muitos defensores da não necessidade de formação teológica para os pastores e pastoras, nesse nosso "Brasilzão".
Termino citando Henry Ford. Desejo que a frase dele nos motive e aos nossos ministros e ministras, do Superior Tribunal Federal, para que a desregulamentação dos diplomas de graduação não pegue!
"Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele".
Deus nos abençoe.
[1]CONCEIÇÃO, Ana. Outras profissões deverão ser desrregulamentadas, diz Mendes. Disponivel em:. Acesso em: 16 de junho de 2009
Amigos e amigas, essa moda não pode pegar!!
Creio que estamos diante de um retrocesso intelectual. Isso é assustador. Deveríamos estar motivando nossa grande nação brasileira a estudar, refletir, ou seja, pensar! Acompanhei a discussão acerca da desregulamentação do diploma de Jornalismo. Ao ver as reportagens e chamadas sobre o assunto, fiquei a pensar que equívocos acontecem; que nossos ministros e ministras do Superior Tribunal Federal buscavam desburocratizar a produção de qualidade, porém, "desqualificada" academicamente. Contudo, ainda que a intenção tenha sido muito boa, perguntei-me se não estaríamos caminhando em sentido contrário ao da ordem e do progresso (nosso lema!).
Coloco isso, pois a mídia é hoje um dos grandes organismos que gera sentido às pessoas. Sua disputa com outros geradores de sentido é grande, em especial, com as religiões. Não quero me ater a um debate sociológico! Quero defender que, ainda que de forma errônea, a obrigatoriedade do diploma universitário, para uma profissão tão importante, é um fator motivador, ainda que por outras razões, à dedicação de produção intelectual aprimorada (não cito "qualidade", pois esta pode ser percebida mesmo sem formação acadêmica).
Agora, com a reportagem acima citada, assusto-me novamente. Quais serão as outras profissões que terão seus modelos desregulamentados? Se vocês me permitirem vaguear um pouco, por que não imaginar que, se essa moda pegar, em breve teremos dentistas sem formação, médicos sem formação, diplomatas sem formação, teólogos sem formação (apesar de que não consigo imaginar isso)?
Sou, expressamente, contrário à manipulação das pessoas e de seu acesso ao mercado de trabalho pela obrigatoriedade de um diploma universitário. Um diploma não significa, necessariamente, que a pessoa que o possui é capacitada para desenvolver uma determinada função. Mas, certamente, ele nos dá indícios disso!
Teologicamente, nós somos desafiados e desafiadas a incentivar nossas comunidades de fé a progredir holisticamente - corpo alma e espírito (não faço uma tricotomia aqui, é mais uma pontuação pedagógica). Penso que esse tema será usado ainda por muitos defensores da não necessidade de formação teológica para os pastores e pastoras, nesse nosso "Brasilzão".
Termino citando Henry Ford. Desejo que a frase dele nos motive e aos nossos ministros e ministras, do Superior Tribunal Federal, para que a desregulamentação dos diplomas de graduação não pegue!
"Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele".
Deus nos abençoe.
[1]CONCEIÇÃO, Ana. Outras profissões deverão ser desrregulamentadas, diz Mendes. Disponivel em:
quarta-feira, 17 de junho de 2009
O jovem só dá trabalho quando não trabalha!!
“Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.”[1] - Gênesis 1.5
O contexto da criação do mundo é ótimo para refletirmos sobre a juventude. A Bíblia relata que: “a terra estava sem forma e vazia”, além de que não havia separação entre luz e escuridão. Muitas vezes nossos adolescentes se sentem, e vivem num mundo assim, desordenado e caótico. É um turbilhão de emoções e sentimentos que deixam as coisas ao redor deles “sem forma e vazia”. Muda-se o corpo, os sonhos, os objetivos, os projetos, os desejos, as vontades; enfim, a vida.
Mas, o livro de Gênesis nos diz que, logo no primeiro dia, Deus ordenou essa “bagunça”, e, assim, o primeiro dia se fez. Aos adolescentes, eu digo: Calma! Tudo vai se colocar em ordem, no tempo certo, sob a ação do Espírito de Deus, que paira sobre as águas do “caos” que é a adolescência. Aos demais irmãos e irmãs: Auxiliem! Sejam instrumentos de Deus para que haja dia e noite, luz e escuridão, ou seja, ordem, no maravilhoso e apaixonante período da vida chamado adolescência.
"Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno"[2] - 1 João 2.14
Aos jovens, relembro o que nos diz a Bíblia em 1 João 2.14. Eu diria que o tema desse artigo é coisa de adulto e não de jovem. Primeiro, porque se um jovem saísse com uma frase dessas, eu lhe aconselharia a rever seus conceitos. Segundo, porque é mais fácil dizer que algué dá trabalho quando não fazemos parte do mesmo grupo.
De qualquer forma, o jovem é sempre desafiado a entrar o mais rápido possível no mercado de trabalho. Não creio que isso seja ruim, mas, por outro lado, pode ser um estresse desnecessário, tanto para que é pressionado, quanto para a família que preciona. Não dá para viver às custas dos pais para sempre! Porém, não dá para aceitar qualquer trabalho escravo por aí só para dizer que se está empregado.
Quando não se têm outra possibilidade, o jeito é começar de onde der, pois, ainda que nem sempre isso seja o mais justo, experiência profissional sempre conta numa contratação melhor.
Outro fator a ser considerado é a formação. Aí, sempre ouço as mesmas ponderações: "como se conseguir experiência profissional e formação acadêmica ao mesmo tempo?" É uma verdade cruel para a grande maioria dos jovens, que tem que escolher entre um ou outro, por diversos fatores, como dinheiro e tempo disponível, por exemplo.
Contudo há várias empresas que estão mudando seus conceitos e aproveitando recém-formados sem experiência. O currículum ainda fala muito, porém, o "saber fazer" tenho reconquistado seu lugar.
Quando João apresenta esse texto a nós, creio que ele está nos motivando e não colocando mais um peso sobre nossos ombros. Ao dizer que os jovens são fortes e que neles permanece a palavra do Senhor, João está motivando a juventude a deixar de lado os pensamentos de desigualdade, o desinteresse, as dúvidas comuns nesse período da vida, e se lançar, com fé, nos braços de Deus, sabendo que dEle vem o auxílio, a força para vencer, e as estratégias para se conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho.
Aos pais, aconselho ler a primeira parte do versículo e realizar um exercício de memória, afinal, todos já foram adolescentes e jovens um dia.
Que Deus nos abençoe.
[1]Sociedade Bíblica do Brasil. 2003; 2005. Almeida Revista e Atualizada - Com Números de Strong . Sociedade Bíblica do Brasil
O contexto da criação do mundo é ótimo para refletirmos sobre a juventude. A Bíblia relata que: “a terra estava sem forma e vazia”, além de que não havia separação entre luz e escuridão. Muitas vezes nossos adolescentes se sentem, e vivem num mundo assim, desordenado e caótico. É um turbilhão de emoções e sentimentos que deixam as coisas ao redor deles “sem forma e vazia”. Muda-se o corpo, os sonhos, os objetivos, os projetos, os desejos, as vontades; enfim, a vida.
Mas, o livro de Gênesis nos diz que, logo no primeiro dia, Deus ordenou essa “bagunça”, e, assim, o primeiro dia se fez. Aos adolescentes, eu digo: Calma! Tudo vai se colocar em ordem, no tempo certo, sob a ação do Espírito de Deus, que paira sobre as águas do “caos” que é a adolescência. Aos demais irmãos e irmãs: Auxiliem! Sejam instrumentos de Deus para que haja dia e noite, luz e escuridão, ou seja, ordem, no maravilhoso e apaixonante período da vida chamado adolescência.
"Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno"[2] - 1 João 2.14
Aos jovens, relembro o que nos diz a Bíblia em 1 João 2.14. Eu diria que o tema desse artigo é coisa de adulto e não de jovem. Primeiro, porque se um jovem saísse com uma frase dessas, eu lhe aconselharia a rever seus conceitos. Segundo, porque é mais fácil dizer que algué dá trabalho quando não fazemos parte do mesmo grupo.
De qualquer forma, o jovem é sempre desafiado a entrar o mais rápido possível no mercado de trabalho. Não creio que isso seja ruim, mas, por outro lado, pode ser um estresse desnecessário, tanto para que é pressionado, quanto para a família que preciona. Não dá para viver às custas dos pais para sempre! Porém, não dá para aceitar qualquer trabalho escravo por aí só para dizer que se está empregado.
Quando não se têm outra possibilidade, o jeito é começar de onde der, pois, ainda que nem sempre isso seja o mais justo, experiência profissional sempre conta numa contratação melhor.
Outro fator a ser considerado é a formação. Aí, sempre ouço as mesmas ponderações: "como se conseguir experiência profissional e formação acadêmica ao mesmo tempo?" É uma verdade cruel para a grande maioria dos jovens, que tem que escolher entre um ou outro, por diversos fatores, como dinheiro e tempo disponível, por exemplo.
Contudo há várias empresas que estão mudando seus conceitos e aproveitando recém-formados sem experiência. O currículum ainda fala muito, porém, o "saber fazer" tenho reconquistado seu lugar.
Quando João apresenta esse texto a nós, creio que ele está nos motivando e não colocando mais um peso sobre nossos ombros. Ao dizer que os jovens são fortes e que neles permanece a palavra do Senhor, João está motivando a juventude a deixar de lado os pensamentos de desigualdade, o desinteresse, as dúvidas comuns nesse período da vida, e se lançar, com fé, nos braços de Deus, sabendo que dEle vem o auxílio, a força para vencer, e as estratégias para se conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho.
Aos pais, aconselho ler a primeira parte do versículo e realizar um exercício de memória, afinal, todos já foram adolescentes e jovens um dia.
Que Deus nos abençoe.
[1]Sociedade Bíblica do Brasil. 2003; 2005. Almeida Revista e Atualizada - Com Números de Strong . Sociedade Bíblica do Brasil
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