A LOUCA FACE DO PODER
Louca? Sem dúvida alguma! Afinal, quem ousaria fazer coisas tais? Quem se arriscaria a destruir, perseguir, caluniar e, por que não dizer, matar aqueles e aquelas que se colocam no seu caminho e ameaçam sua existência milenar e “pacífica”? Desvairada! Insana!
Quem pode resistir a sua investida mortal? Atrai os opositores com destreza e singeleza, os envolve com seus doces, saborosos e incomparáveis prazeres que não há ser humano que o possa resistir. Como te quero e te desejo, mas como te odeio e desprezo. Com repulsa íntima te anseio a quilômetros de distância, mas como o fogo da paixão que incendeia e alimenta o ser apaixonado te busco cada vez mais e mais perto.
És minha perdição! Se tão somente pudesse ficar longe de ti e de todos os que te adoram, poderia eu sobreviver, viver em paz. Mas como fazê-lo? Para onde olho lá estás refletida nos olhos brilhantes de teus devotos. Maldita! Quando me olho pelas manhãs no espelho, lá estás também.
Quero me ver longe de ti! Meu Deus, não há jeito de me livrar dela? Nomeio-te louca, para que todos saibam que és. Não és simplesmente a louca face do poder. Tens nome, conhecido e muito bem sabido, desprezado, às vezes, inominado, porém, profundamente compartilhado por toda essa raça humana.
É tu, inveja! Surripia-nos a sanidade e engendra em nós seu veneno fatal que deturpa, engana, envolve e mata. És tu, inveja! A partir de hoje quero que saibas que não viverei mais para ti, nadarei contra a maré, serei um renegado, um foragido da tua lei. Agonize mesmo, escória putrefata. Já não te amo mais, já não te quero mais, sou livre de ti! Viverei de bem comigo, de bem com os outros. Alegrar-me-ei com o que tenho, e, também, com o que não tenho.
A partir de hoje: viverei!
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